09 fevereiro 2015
Caiu na rede...
Ah como me apaixonei louca e intensamente nesta tal de internet.
Amores 100% platônicos, impossíveis, irrealizáveis e efêmeros...
Como era bom amar sem saber se estava amando o criador ou a criatura, desconhecendo totalmente o sexo, a idade, gênero ou estado civil dos seres amados...
Amar um nickname, uma pasta de músicas , uma coleção de imagens...
Afogar se em tesão livre de forma. Gente sem corpo, ereção de ideias rolando livre pelas tardes no trabalho ou na rapina das madrugadas de insônia fingida...
Afagar poesias, bolinar palavras silenciosas que se esfregavam nas pontas dos dedos roçando o
teclado.
Deliciosos amores proibidos.
Amei muitos de vocês assim, seres que entraram em minha vida por esta tela, vindos de mundos paralelos, dimensões vizinhas, territórios não explorados, tempo espaço distantes ou não...
Vocês hoje têm cara e corpo, muitos romperam a barreira da tela e se tornaram carne e osso, mas confesso, sou tarada mesmo por suas almas...
Eu os amo abusando completamente dos limites e da liberdade da licença poética.
Eu os devoro, num canibalismo insano que nem regurgita para não ter que perder nada.
Eu lhes sugo a seiva com sede de buraco negro.
Quero nem saber, aqui o magnetismo é grande, a temperatura é alta, o tempêro é forte e o perigo é medonho e iminente.
Nunca precisei de conivência ou autorização.
Aqui é assim, caiu na rede é Love !
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