27 março 2003

A atual, pequena, branquinha, angelical, se agarrava aquele homenzarrão como se o mundo fosse se acabar no próximo segundo. As ex, no banco traseiro, de mãos dadas sofrendo da mesma dor e curiosidade. Ao chegar na pequena cidade,foram muitíssimo bem recebidas pela família da moça, que não escondia a satisfação pela "aquisição" da filha. Eram comuns os comentários de como ele havia se adaptado perfeitamente aos hábitos familiares, inclusive a dança, que o pai da moça citava a todo momento: - Ele adora dançar com ela. As outras duas ( que é claro, foram apresentadas como amigas), observavam a tudo atônitas. Aquela que foi a última a ser convidada, desandou em choros incontroláveis e foi consolada pela companheira de causa. Apoiou a pobre enquanto pode, e resolveu sair pra respirar um pouco de ar menos podre do que o que se encontrava por ali. Foi ao centro da pequenina cidade, onde a única atração para um sábado à tarde era uma sorveteria. Conheceu os mau elementos da cidade, até fez amizade com um rapaz que repassava drogas no local, conversaram, caminharam juntos por um tempo e ele foi cumprir suas funções profissionais. Ela comprou uma passagem de volta. O ônibus sairia dali a uma hora. Voltou pegou suas coisas e foi-se com o ônibus rumo à sua casa. Durante todo o caminho e até hoje ela ainda pensa naquilo. Não tinha dúvidas, ele era o homem da sua vida. Como o amor pode ser tão insano ? Mas que destino é esse que nos liga a pessoas que não se preocupam ao menos se podemos sobreviver à torturas. Tem quem morre, quem se mata ou enlouquece. Ela desistiu, enquanto ainda era tempo... E o mais estranho era que ela sinceramente desejava que ele fosse feliz. Ela realmente o amava...

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