13 junho 2004

Meu Rei Chora



Falem bocas, democracia é pra isso. Me chamem de brega, cafona, piegas, não ligo. O que me importa é que da terra de onde venho, temos deuses de pernas tortas, gigantes voadores, fadas que sambam, anjos negros que dão piruetas inenarráveis, temos crianças famintas que riem,trabalhadores miseráveis que cantam olhando pro fogo e temos um rei que chora... Que chora muito, e chora lindo. Porque esse povo do qual eu faço parte, é só sentimento. Somos intensos, somos entregues as emoções mais malucas. Somos filhos da rua, nela fazemos heróis, nela depomos ladrões, nela brincamos com um objeto redondo muito simples que leva pro alto o orgulho de ser daqui. Somos índios, batemos os pés e cantamos aos céus. E a mãe natureza nos observa curiosa...

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