18 setembro 2006

O barato do blog




Este blog tem cinco anos. Já viu coisa que até Deus duvida. Já precisou mudar de endereço por uns tempos, mas voltou e mora aqui muito confortavelmente.
Aqui eu cuspo minha visão de mundo, despejo umas indagações filosóficas, dou risada, grudo nas paredes umas imagens que me bolem por dentro, rabisco em local seguro uns poemas, vomito alguns desabafos ( odeeeeeio vomitar, se o fiz cinco vezes em toda minha vida é muito). Isto aqui é meu papo de botequim, minha tarde de sol na praia, isto aqui não é um tratado científico sobre meus mais profundos sentimentos. Se fica uma falsa opinião de conhecer minha alma só por esta coletânea de textos, eu sinto por decepcioná-los. Quem me conhece pelo menos um tiquinho sabe que blog nenhum seria o suficiente pra expressar a "tormenta" que é Symon Days. E mais Symon é apenas um cisco do que a criatura que ela habita. Portanto sejamos claros: sem promessas , sem cobranças.
Este blog é palco pra encontros deliciosos, pra verdadeiros achados na minha vida, por isso preservo a liberdade de escrever qualquer tonteria que me passe e morra de ódio qualquer forma de censura.
Eu amo a PALAVRA. Sou dela serva voluntária. Me deleito...
Quando comecei, esta casa seria meu divã, hoje ela é minha residência, meu único endereço fixo, portanto aqui ficará difícil me amordaçar.
Como não acredito em cercas ou fechaduras, a porta estará sempre aberta, entra quem quer e que se vá quem assim desejar.
Acho péssimo usar esta casa como correio, mas se o leitor pede, é uma gentileza da minha parte atender, afinal "gentileza gera gentileza"...
Então como resposta a dois leitores que me enviaram mensagens com questionamentos de minha personalidade deixo as palavras de um outro louco :

Desencontros

Affonso Romano de Sant'anna

As vezes é no desencontro
que as almas se revelam
quando se ferem se lanham
com palavras lágrimas e insultos
e só lhes resta o assombro

bem que gostaríamos
fosse ameno doce ou luminoso
o encontro, mas é no desencontro
que as vezes as almas se revelam
quando ásperas e agressivas
se tocam no mais fundo
e perplexas se contemplam
como se contempla
o intransponivel abismo

Um comentário:

Conselhesa disse...

ai, como o tempo é o mestre dos sábios que nele se deleitam... cinco aninhos... ui