Lá fora está chovendo, mas assim mesmo eu vou correndo, só pra ver o meu amor...
Que humana estranha eu sou. Cheguei do trabalho pregada, botei uma blusinha e fui ver uma última sessão. Garôa. Entrei no metrô. Quando desci, chuvarada. Enfrentei, calculei mal a distância do cinema, era mais longe que pensei. Meio do caminho, eu, uma sopa. Cheguei na porta do cinema, fui barrada. Começou às 22:15, era quase 23:00, no site dizia 22:40, sinto muito. Beleza, saí andando na chuva, em plena zona de prostituição. Temperatura agradável, paisagem curiosa. Super sopa. Cheguei ao metrô com a roupa transparente colada ao corpo, meus cabelos curtíssimos colados na cabeça, realçando meu longo pescoço. Boca da cor da blusa, terra. Olhei meu reflexo na porta de vidro, me senti linda ! Fazia tanto tempo que não me achava bela. Voltei pra casa feliz da vida, me sentindo uma bela espécime morena molhada.
O porteiro do prédio me vê entrar, meia hora após sair, molhada e sorridente. Não deve ter entendido nada.
É apenas a felicidade voltando.
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