22 novembro 2002
Da chegada do amor
Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.
Sempre quis uma amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.
Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.
Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.
Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.
Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.
Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.
Sempre quis uma amor
que não se chateasse
diante das diferenças.
Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.
Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.
Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.
Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.
Sem senãos.
Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.
Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.
Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.
Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.
Sempre quis um amor não omisso
e que sua estórias me contasse.
Ah, eu sempre quis uma amor que amasse.
Elisa Lucinda
GRUDE
(Elisa Lucinda)
As noites que não são contigo
eu não exatamente durmo
eu rolo,
Você não há
não há desenrolar de coxas, colchas
e entremeios.
Não há dobrar de joelhos
se não para rezar.
Então semeio
uma concórdia de lençóis
uma não solidão
de cafunés nos cangotes
uma não masturbação.
Adormeço
Você é o cheiro que ficou de nós
eu respiro pós
dos sonhos
eu latejo
eu planejo
eu oro.
As noites que não são contigo,
eu não exatamente durmo,
eu enrolo.
(Elisa Lucinda)
As noites que não são contigo
eu não exatamente durmo
eu rolo,
Você não há
não há desenrolar de coxas, colchas
e entremeios.
Não há dobrar de joelhos
se não para rezar.
Então semeio
uma concórdia de lençóis
uma não solidão
de cafunés nos cangotes
uma não masturbação.
Adormeço
Você é o cheiro que ficou de nós
eu respiro pós
dos sonhos
eu latejo
eu planejo
eu oro.
As noites que não são contigo,
eu não exatamente durmo,
eu enrolo.
Tô mór feliz ! Tem aparecido um monte de gente legal lendo esse blog ! A Carol, apareceu assim e agora é a minha mais nova amiga de infância. Tem os sócios fundadores também, que jamais me abandonam e pelos quais tenho o maior carinho: Fa,Clau, Angela, Gil, Marlon, Má, Marcão, e os que eu não citei, por favor reclamem, que é pra eu saber quem continua por aqui ! Amo vocês, viu ! É muito bom saber que não estou falando ao vento. É lindo saber que vocês me ouvem ! E vamo tocando o barco, pois a água não para, nem inverte seu rumo...
Alegria meu povo !
No dia da "Consciência Negra", eu fui a um show no Projeto Quarta Pop, no Itaú Cultural, e antes do espetáculo da banda Dona Zica tocar, rolou um vídeo e um debate.
Vai todo mundo lamber sabão !
Um diretor de cinema ( que se dizia preto) pedindo pros patrocinadores apoiarem o "cinema negro, a arte negra e os cambau à quatro negro"...
Desde quando arte tem cor e raça ?
Arte é arte, e talento e criatividade na minha terra não tem cor, nem credo, nem o raio que o valha .
Arte tem emoção, tem técnica, tem encanto !
E isso tá meio em falta, independente da cor. Vamos ser mais criativos, mais competentes, vamos fazer mais e melhor, pois pra quem é "bom no que faz, e acredita em si", tenho certeza haverá um lugar ao sol, ou na sombra, pois o submundo também tem seus encantos.
Vamos ter gingado, malemolência, sorriso aberto, raça, gana, pois é isso que os negros desse mundo tem de melhor. É isso que os faz esses deuses de ébano e magia passeando por essa Terra maluca.
18 novembro 2002
Quando seu corpo resolver falar, ouça-o
é muito sábia a voz da pele.
Se ao ser tocada, seus pelos se eriçam
com certeza, eles tem algo a dizer
e se determinadas mãos
ao percorrer os seus segredos
deixam um rastro de calor e desfalecimento,
entregue-se, abra todas as portas e janelas
deixe que essa luz invada todo seu ser
a importancia dessa comunicação é imensa
e nada mais doce
que dois corpos ardendo no mesmo fogo
sugando e sorvendo a beleza
da mesma lingua.
Minha doce cabecinha de trinta e dois anos está lentamente aprendendo a viver. Se as coisas a partir de agora passarão a fazer mais sentido, eu honrarei o nome que minha mãe me deu: "a ouvinte". Tenho tentado absorver as coisas boas e algumas, confesso, tô começando a compreender...
O tempo, outrora meu único inimigo, tornou-se mais sutil. Talvez tenha cansado de me ver sofrer, e agora me dá conforto. De vez em quando, sussura palavras bonitas no meu ouvido, delatando as belas luzes do alvorecer de amanhã. E eu, na fé de ver o espetáculo, adormeço mais um dia.
O amor me libertou, me deu passaporte carimbado e promete acenar lenço branco na minha despedida. Siameses de alma.
Com muito tato e uma pinça, já estou quase conseguindo arrancar as últimas unhas que a paixão me cravou no peito. Deixarei as marcas aparentes para que não esqueça das promessas que um dia me fiz. Tô querendo saúde !
Pensei em chamar o advogado, e tratar o mais depressa possível da minha separação legal, esta minha relação com o Sofrer está com os dias contados. Deixo tudo pra ele, não quero pensão. Estou interessada em outro alguém, já decidi, vou viver com a Paz.
O tempo, outrora meu único inimigo, tornou-se mais sutil. Talvez tenha cansado de me ver sofrer, e agora me dá conforto. De vez em quando, sussura palavras bonitas no meu ouvido, delatando as belas luzes do alvorecer de amanhã. E eu, na fé de ver o espetáculo, adormeço mais um dia.
O amor me libertou, me deu passaporte carimbado e promete acenar lenço branco na minha despedida. Siameses de alma.
Com muito tato e uma pinça, já estou quase conseguindo arrancar as últimas unhas que a paixão me cravou no peito. Deixarei as marcas aparentes para que não esqueça das promessas que um dia me fiz. Tô querendo saúde !
Pensei em chamar o advogado, e tratar o mais depressa possível da minha separação legal, esta minha relação com o Sofrer está com os dias contados. Deixo tudo pra ele, não quero pensão. Estou interessada em outro alguém, já decidi, vou viver com a Paz.
Resumo do Feriado
Emoções
Quando eu estou aqui
eu vivo esse momento lindo
Olhando pra você
e as mesmas emoções sentindo
São tantas já vividas
São momentos que eu não esquecí
Detalhes de uma vida
Histórias que eu contei aqui.
Amigos eu ganhei,
saudades eu senti partindo
E as vezes eu deixei você me ver chorar sorrindo
Sei tudo que o amor é capaz de me dar
Eu sei, já sofri mas não deixo de amar
Se chorei ou se sorri
O importante é que emoções eu vivi.
Em paz com a vida e o que ela me trás
Na fé que me faz otimista demais
Se chorei ou se sorrí
O importante é que emoções eu vivi.
(Roberto e Erasmo Carlos)
Emoções
Quando eu estou aqui
eu vivo esse momento lindo
Olhando pra você
e as mesmas emoções sentindo
São tantas já vividas
São momentos que eu não esquecí
Detalhes de uma vida
Histórias que eu contei aqui.
Amigos eu ganhei,
saudades eu senti partindo
E as vezes eu deixei você me ver chorar sorrindo
Sei tudo que o amor é capaz de me dar
Eu sei, já sofri mas não deixo de amar
Se chorei ou se sorri
O importante é que emoções eu vivi.
Em paz com a vida e o que ela me trás
Na fé que me faz otimista demais
Se chorei ou se sorrí
O importante é que emoções eu vivi.
(Roberto e Erasmo Carlos)
12 novembro 2002
11 novembro 2002
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára
Enquanto o tempo acelera
E pede pressa
Eu me recuso, faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo, e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber
A vida é tão rara, tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei,
A vida não pára.
Paciência - Lenine
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára
Enquanto o tempo acelera
E pede pressa
Eu me recuso, faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo, e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber
A vida é tão rara, tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei,
A vida não pára.
Paciência - Lenine
Artista
Daí aparece uma mulher, e canta uma canção bonita, mas já gasta pelo tempo, e tira dela uma força tão grande, que centenas de pessoas choraram, e esta mesma mulher emenda uma outra canção bonita e gasta, e repõe uma força que me faria capaz de mudar o eixo da Terra. Não sou muito fã da moça, mas vai ser ARTISTA assim lá longe... Parabéns !
Daí aparece uma mulher, e canta uma canção bonita, mas já gasta pelo tempo, e tira dela uma força tão grande, que centenas de pessoas choraram, e esta mesma mulher emenda uma outra canção bonita e gasta, e repõe uma força que me faria capaz de mudar o eixo da Terra. Não sou muito fã da moça, mas vai ser ARTISTA assim lá longe... Parabéns !
O que passou, passou ...
Eu tinha que falar sobre a maravilhosa programação de meio-ambiente da Cultura, que dá gosto de ser vista, tinha que falar da maravilhosa propaganda dos produtos da Natura, mas acho que tudo isso ficou perdido na semana passada. Esta semana foi corrida, suada e sonhada. Teve muito trabalho, pouco tempo, surpresas agradáveis e desagradáveis. Mas sobrevivi. Arnaldo Antunes, Maria Betânia, Lenine e Angêla Rô Rô, Elza Soares, Marky, Patife, Space Djs. E ainda um passeio super rentável pelos sebos do centrão. Sou duas !
Eu tinha que falar sobre a maravilhosa programação de meio-ambiente da Cultura, que dá gosto de ser vista, tinha que falar da maravilhosa propaganda dos produtos da Natura, mas acho que tudo isso ficou perdido na semana passada. Esta semana foi corrida, suada e sonhada. Teve muito trabalho, pouco tempo, surpresas agradáveis e desagradáveis. Mas sobrevivi. Arnaldo Antunes, Maria Betânia, Lenine e Angêla Rô Rô, Elza Soares, Marky, Patife, Space Djs. E ainda um passeio super rentável pelos sebos do centrão. Sou duas !
08 novembro 2002
06 novembro 2002
Tenho um monte de coisas pra falar, mas não tá dando tempo de nada. Tudo tem que entrar pra lista de prioridades. Hoje foi a organização da casa, que estava inviável. Amanhã tenho um treinamento e acabo mais cedo, então dará tempo de falar sobre o Projeto Biodiversidade da Cultura em parceria com a Natura, que é um luxo ! E também preciso falar sobre a louca emoção de trabalhar com a Melhor Idade ! Isto sim é ser Loucassumida !
02 novembro 2002
Fomos todos alegres e tomamos um "C'est la fuckin' vie" no meio da cara.
Pra comemorar, fizemos uma passeata para o boteco de sempre.
Enchemos nossas caras de alegria e alcool, e amanhecemos numa festa "conceitual" em plena São João.
E de pensar que Helmut e John, poderiam tranquilamente estar conosco...
01 novembro 2002
Olha isso que lindeza !
O Ig e a Louise fazendo a gente babar sempre...
O Lost Art continua o melhor. Teje dito.
O Ig e a Louise fazendo a gente babar sempre...
O Lost Art continua o melhor. Teje dito.
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