30 outubro 2006

E por falar em amor...

Noel - o poeta da Vila



Quando é que dá um orgulho louco em ser brasileira ???
No momento em que eu sento numa sala de cinema e vejo Noel cantar um dos mais lindos poemas de amor humano e vagabundo que se tem notícia :

Nosso amor que eu não esqueço
E que teve seu começo
Numa festa de São João
Morre hoje sem foguete
Sem retrato e sem bilhete
Sem luar e sem violão
Perto de você me calo
Tudo penso nada falo
Tenho medo de chorar
Nunca mais quero seu beijo
Mas meu último desejo
Você não pode negar
Se alguma pessoa amiga
Pedir que você lhe diga
Se você me quer ou não
Diga que você me adora
Que você lamenta e chora
A nossa separação
Às pessoas que eu detesto
Diga sempre que eu não presto
Que meu lar é um botequim
E que eu arruinei sua vida
Que eu não mereço a comida
Que você pagou pra mim

O Ultimo desejo - Noel Rosa

É só por a mão no peito cantar sentindo a dor e a delícia de ser filha dessa nação mestiça, que desce do morro rebolando com uma ginga feita de pura magia.
Ah poeta, tua sorte foi esse revés de relógio!!!
Se minha morenice passasse em baixo desse seu não-queixo, tava pregada na história pelo menos mais uma meia dúzia de canções de amor assim.
Te comia sem farinha e sem cerveja, ahhhh comia !!!
E vocês não deixem de assistir este belo filme que nos dá oportunidade de lembrar também Mario Lago, outro que eu não perdoava nem com 300 anos...
Ó céus eita nação mais apetitosa !!!
Mario, Noel, Noel , Mario...Tinha mesmo eu que nascer muitos anos mais tarde... Pra segurança do cancioneiro popular !!!

3 comentários:

Pacha Urbano disse...

O Rafael Raposo, este ingrato que interpretou o Noel, é meu amigo e você acredita que ele ainda não revelou pra gente quando vai ser a estréia nacional?

Se Brasileiro mais do que um rótulo é um estado de espírito.

Pacha Urbano disse...

Ops: "SER brasileiro"

symon days disse...

eu acho que devia passar em cadeia nacional em horário nobre e com distribuição de caderno de letras que é pras pessoas decorarem as canções...Viva Noel !!!
Beijoca no Raposo, me arrancou lágrimas, o danado...