E o bonito fez-se feio nas garras do ego das fêmeas

Um brinde à morte da expectativa !!!
Estúpida, já deveria ter aprendido a lição. Meditar mais, muito mais...
Como sou toda feita de paixão, quando conheço algo que me bolina a alma, fico doida.
Assim foi com as Festas do Boi do Morro do Querosene. Uma comunidade de maranhenses moradores daqui da Babilônia, organiza por tres vezes durante o ano seus festejos. Festa de rua, com apresentações de grupos folclóricos, muita cantoria e comida gostosa.
Uma beleza de festa. Quando vai se aproximando o sábado de Aleluia meu coração bate descompassado, ansioso, alegre e saudoso.
Só que nesse ano dois episódios me deixaram mordida com M maiuscúlo: Mulheres.
Eita coisa triste é ter que suportar mulher insegura, credo em cruz, ô animal insuportável !!!
Elas rosnam, se atacam com golpes de lâminas mordazes, não tem senso sequer do espetáculo ridículo que nos forçam presenciar.

Episódio 1

Observei estupefata uma cena de segregação estrelada por uma fêmea alucinada que não podia se conformar com o fato que: um dia ao invés de atriz principal poderá se tornar uma coadjuvante. A mulher endoidou não com o fato, apenas com a possibilidade, e do alto de seu posto de atual rainha da cocada preta, soltou seu golpe mortal: o veto.
Metafóricamente cortou cabeças e sorriu feliz ao vê-las rolar ladeira abaixo.
Não permitiu que membros do grupo participassem da apresentação.
E aquilo que era um coletivo tornou-se uma ditadura bem ali debaixo dos meus olhos.
O Poder !!!

Episódio 2

Estava eu num canto, a fotografar a apresentação de um dos grupos, quando por trás senti um chute que me derrubou sentada na rua (detalhe: de vestido). Antes que eu pudesse atentar para o que estava acontecendo tomei mais tres pontapés e na sequencia fui suspensa pelas vestes por uma senhora. Ela me empurrou na direção de algumas pessoas que sem saber o que estava acontecendo logo abriram passagem. Me jogou ali, balbuciou algo inintelegível e voltou para a apresentação. Tudo isso não durou nem 30 segundos.
Só tive tempo pra segurar a câmera que quase voou da minha mão,cobri minhas partes pudicas e quando vi estava ali estática sem entender o ocorrido.
A Doida queria mais espaço, e como a frase "Com Licença, por favor" ainda não foi inventada, me meteu o pé sem dó nem piedade.
Eu que estava ali fotografando o grupo, justamente porque estou fazendo o site para divulgar o trabalho deles, atacada a pontapés por uma das integrantes em seu precioso minuto de fama...

Também sou fêmea, guardei a câmera, e dela não saiu nem mais um click.
Minha última festa no Querosene.
Sinto pelos amigos, pelo festejo, pelo esforço de quem tenta manter acesa a chama da cultura popular.
E me envergonho por ficar tão magoada, por me vingar com meu silêncio e minha falta de reação, mas compreendo profundamente o por quê de eu gostar tanto de homem:
Mulher é uma ressaca !!!