07 dezembro 2007

Eu, Aldir Blanc, o tempo e minha filosofia de botequim



Houve um tempo em que me movia por incentivo, depois só por compulsão, atualmente funciono na base do dead line... Na traseira um adesivo: Movida por ultimatos!
Meu espelho é mudo, um companheirão, meus amigos glutões, portanto lascou-se tudo de uma só vez... Pós-cirurgia da coluna, nenhuma atividade física que não umas caminhadinhas de leve, e o resultado era de se esperar...
O médico foi categórico: Doze quilos a menos e não quero conversa mole !
E lá vamos nós !!!
Investimento em equipamento: capacete, selim de gel, novos freios, novas manoplas.
Dieta.
Gastar energia.
Duas horas diárias.
Eu, minha Creola, e quem mais tiver coragem...
Transpirar faz um bem danado.
Meu coração andava pulsando pelos motivos errados.
Função de coração é bombear sangue até oxigenar o cérebro.
Tenho pensado melhor...
O exercício ativa a percepção.
"O bem mais precioso nada significa para aquele que não o deseja."
Todo dia é dia de aprender: dedicar meus sentimentos a quem estiver disposto a trocar...
Adoro trocas.
Por aqui muita música e pouca vida, não queria simplesmente jogar o genial Aldir Blanc nesse canto branco, sem dividir a filosofia de boteco...
O tempo tem passado depressa, e eu continuo tentando fraquejar minha memória...
Esquecer é algo tão doce... E tão sonhado...

Aperte o play , leia esta maravilha e entenda porque o Aldir tem o dom de ler almas...



Resposta ao Tempo
(Aldir Blanc e Cristovão Bastos na voz de Nana Caymmi)

Batidas na porta da frente
É o tempo
Eu bebo um pouquinho
Pra ter argumento...
Mas fico sem jeito,calada
Ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar
E eu não sei
Num dia azul de verão
Sinto o vento
Há folhas no meu coração
É o tempo...
Recordo um amor que perdi
Ele ri
Diz que somos iguais
Se eu notei
Pois não sabe ficar
E eu também não sei...
E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos...

Respondo que ele aprisiona
Eu liberto
Que ele adormece as paixões
Eu desperto...

E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
Prá tentar reviver...
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer...

2 comentários:

Ana Carmo disse...

Sempre em frente! com chuva e tudo!

Anônimo disse...

Ah pára ô!