31 março 2011

Dizem que sou louca, por pensar assim...

Bodas de Ouro - Antonia Rosa e José Maria


Existem coisas que de tão raras viram lenda.
Todo mundo sonha com um amor bacana, mas sabemos como é difícil dar um rumo de aconchego para as nossas relações.
Testemunhei por muitos anos o relacionamento dos meus avós e imaginava que era só esperar e um dia chegaria a minha vez...
Embora fosse uma relação carregada de estranhos padrões criados por eles dois, era tanto amor, tanta confiança, tanta independência e ao mesmo tempo eram tão amalgamados, que nunca duvidei que aquela era a "maneira certa" de se relacionar.
Nasceu aí o protótipo do que eu queria para mim, e como deveria me "comportar" para obter também aquele negócio quentinho gostoso dentro da alma.
Sonhei companheirismo. Tô contigo e não abro, juntos enfrentaremos o mundo e mê dê cá esta mão que unidos somos pau pra toda obra.
Jurava sério que esta  receita  todo mundo aprendia em casa e quando duas pessoas se encontravam passariam automaticamente a executá-la.
Ledo engano...
Tentei horrores...
Não havia me preparado para outro sonho de consumo amoroso.
Queria ...Queria...Queria...
Tentei me adaptar, tentei adaptar o outro, exigi, pedi, implorei, forcei barras, me humilhei, fiz birra, beicinho,charme... Nada !
Desisti.
Quase deixei de acreditar...
Guardei só um pouquinho de fé dentro do peito, nunca se sabe...
Daí outro dia, vendo tv, presencio uma cena que me remeteu a aquele meu "amor imaginário"...
Vê o video aí:



Conclusão: Ok, concordo, é raro, mas EXISTE.
E se existe como é que eu vou deixar de querer ?
Posso realmente ser maluca, mas não sou só eu...

pais de uma amiga, namorinho que durou 60 e tantos anos

30 março 2011

Eco-lógica


Ainda tentando ser honesta com os meus principios de Não fale, Faça...
Quando me mudei lá do balneário para cá, vendi diversas coisas, entre elas minha bike, que pelo contato com a maresia adquiriu uma boa área de ferrugem, e a bonita já tinha quase quinze anos...
Apresento-lhes: SILVER!
Agora tenho uma nova companheira, menina bonita, inteira de alumínio, brilharemos juntas, comeremos muita poeira e desafiaremos unidas os perigos do trânsito da Babilônia.
O projeto é ir para o trabalho pedalando e se tudo correr bem, em breve ir também pedalando para a escola.
Caso eu consiga atingir esta meta até Julho/2011 radicalizo e faço da bike meu meio oficial de transporte.
Ficamos com minha velha máxima pessoal:"Quem tem freio que me stop!!!"

Quanto tempo dura o amor...














29 de Março do ano de 2001
Neste dia eu tive a certeza, sim era ele, o tal amor.
"Ele é meu chão." "Ela é meu céu!"
Não sei explicar como, mas desde o instante em que botei meus olhos naquela criatura, o universo se encaixou numa equação matemática tão simples e tão clara que entendi perfeitamente o sentido de tudo.
Meu amigo Zé Maria diria ser o universo em contração máxima, tudo compactado ao extremo inimaginável, naquele exato instante onde tudo o que há se funde em si, e eu , e você, o universo, o amor , o ódio, o tudo e o nada são parte de uma mesmíssima coisa.
Naquele momento eu descobri o inteiro.
Como pode ser isto?
Como é que se olha pra cara de alguém que vem vindo na rua e se sabe:é ele.
Eu soube.
Meu racionalismo dá triplos carpados mortais de costas e não consegue explicar.
É claro que vivi este amor com a intensidade dos insanos. Não deixei escapar um único segundo daquela orgia sensorial. Experimentei tudo. Aquele toque, aquele cheiro, aquela temperatura, sabor, silêncio, presença, saudade, ciúme, som, ausência, suor, curiosidade, humor, história, dúvidas, alegria e fetiche. Tudo.
Eu que nunca tive cercas nem portas, me explodi em mim de tão repleta.
Virei planície.
E como foi bom.
Big Bang-se Symon!
Dez anos.
Tudo que há tende ao equilíbrio!
Depois da explosão a tendência é que a poeira assente.
Sou Terra. Posso ser fértil, seca, dura, quente, macia, úmida...
A força que arrasta quando as placas se separam, o jorro da lava, o abrigo, a esperança, e o peso.
Quando o amor me fez dizer "tchau", fui terremoto, fui avalanche, fui erupção e desmoronei.
"Fique feliz por ter vivido esta experiência" dizia ele.
"Sádico", pensava eu .
Dez anos.
Outros amores.
Outros eu.
Outros ele.
Outros nós.
Desato-os com maior habilidade.
Penso que conhecer o tal amor assim de perto seja algo pré destinado.
A duração deste encontro é realmente insignificante.
Poderia ter sido só um flash, ou ter se arrastado por séculos...
O que me intriga é a certeza do reconhecimento naquela mísera fração de segundos em que vi aquela criatura que vinha pela rua...
Eu soube.
E embora a despedida tenha sido também a maior experiência de horror que se possa viver, ser desterrado de sua própria alma, valeu.
Valeu a dor, valeu saber.
Talvez você tivesse mesmo razão: Eu agradeço ter vivido esta experiência !
Dez anos.
O amor continua igual, deve ser atemporal. Deve ser irracional e mesmo assim:eu sei.

Parabéns ao amor !

10 março 2011

Minha mãe dizia...

Quando esta menina está muito quietinha é porque está aprontando alguma !!!
E estava certa.
Estou aprontando mesmo...
Como quase tudo que eu havia projetado para fazer na decoração da casa já está pronto, onde eu ia colocar toda minha fúria artesanal???
Reformei umas roupas, tingi outras tantas, e comecei criar Acessórios...
Que delícia !!!
Criei alguns cordões, colares e fiz este aqui "inspirado" num recorte de revista antigo.

Eis o Colar de Frida Kahlo