01 abril 2013

One - Bodas de Prata

1º de Abril.
Lá fora uma estrela brilha de teimosa, como no dia em que nos conhecemos.
25 anos.
Você disse que era pra sempre. Eu acreditei.
Dia da Mentira, um belo dia para a morte da última certeza.
Mas também, só eu pra acreditar em sonho, promessa e amor eterno...
Você me daria o mar, o céu, um barco e muitas fitas cassete pra eu gravar todos meus pensamentos.
Fitas cassete, pode ??? O tempo passa...
Você me prometeu um amor eterno, com direito a pacto de morte.
Depois jurou o mesmo amor na cara de pau, pra outra, pra Deus e pra mais um montão de gente que estava presente, inclusive EU.
Picareta Lover. Ahhh se eu resolvesse avacalhar e dizer que aquele sentimento me pertencia...
Mas tudo bem, foi bom acreditar que poderia ser verdade... Esta ilusão me alimentou sempre que estive faminta. Sempre tive uma arma potente contra a solidão sabendo que em algum lugar existia você. 
É ruim quando a gente cresce, e percebe a crueldade da realidade.
Perdi você para o previsível, para o cotidiano, para o mundo real.
Nos perdemos jovens, saudáveis e vivos.
Nada se realizou, nem o sonho, nem a promessa, nem o pacto.
Mas dentro de mim há algo de brinde, de champagne, de beijo na boca, de cachoeira.
Talvez por me libertar da ilusão, talvez por saber que um dia sonhamos juntos, e isto é raro.
Por hoje fica o parabéns, você pregou a mais linda peça que alguém pode pregar num 1º de abril.
Te amo. Pra sempre.

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