11 novembro 2003
Com o calor, volta pra dentro de mim, um riso farto, uma volúpia, um desejo de sei lá o quê bem gostoso, uma folia, uma pornografia, um fogo nas ventas, uma frevioca, uma paixonite, uma tesão descontrolada. Uma orgia.
Se morasse no Rio ou na Bahia, eu seria um atentado ao pudor.
Nesta "terra friorenta" alguma coisa ainda me controla. Mas o verão não tarda, atentem pois de hora pra outra, posso me tornar uma lenda urbana !!!
Orelhão
Que atire a primeira pedra, quem nunca ficou com a orelha encaixada em plena conversa alheia. No meu caso, encaixei logo a cara inteira. Comecei prestar atenção, porque um moço desabafava com um amigo as mazelas de sua vida. O interessante é que ele descrevia fatos absurdamente iguais aos da MINHA vida. Irritantemente iguais. Eram minhas, as palavras saídas da boca do rapaz. Me aproximei para ouvir melhor. Ficamos lado a lado. E a cada cena fui ficando mais angustiada... Será que minha vida é tão comum a ponto de ser vivida por outra pessoa ? E meus argumentos ? Mas o mais interessante, foi observar as reações, que eu julgava tão femininas, vindas de um rapagão. Ele pensa como eu. Eu sinto como ele. Irresistível, me intrometi. Pedi desculpas pela indiscrição, e me enfiei no meio da conversa. Que maluquice. Trocamos comentários, discutimos experiências e quando nos despedimos, saí rindo sozinha... Meus monstros cabeludos não são só meus, são como os gatos que se dividem para vários donos. Bom saber, não perco mais tempo alimentando-os...
Que atire a primeira pedra, quem nunca ficou com a orelha encaixada em plena conversa alheia. No meu caso, encaixei logo a cara inteira. Comecei prestar atenção, porque um moço desabafava com um amigo as mazelas de sua vida. O interessante é que ele descrevia fatos absurdamente iguais aos da MINHA vida. Irritantemente iguais. Eram minhas, as palavras saídas da boca do rapaz. Me aproximei para ouvir melhor. Ficamos lado a lado. E a cada cena fui ficando mais angustiada... Será que minha vida é tão comum a ponto de ser vivida por outra pessoa ? E meus argumentos ? Mas o mais interessante, foi observar as reações, que eu julgava tão femininas, vindas de um rapagão. Ele pensa como eu. Eu sinto como ele. Irresistível, me intrometi. Pedi desculpas pela indiscrição, e me enfiei no meio da conversa. Que maluquice. Trocamos comentários, discutimos experiências e quando nos despedimos, saí rindo sozinha... Meus monstros cabeludos não são só meus, são como os gatos que se dividem para vários donos. Bom saber, não perco mais tempo alimentando-os...
08 outubro 2003
Já me matei faz muito tempo
me matei quando o tempo era escasso
e o que havia entre o tempo e o espaço
era o de sempre, nunca o mesmo passo.
Morrer faz bem à vista e ao baço
melhora o ritmo do pulso e clareia a alma.
Morrer de vez em quando
é a única coisa que me acalma.
Paulo Leminski
A onda agora é dar um tempo nos blogs. Tem um monte de gente parando... Então pra variar acho que vou dar uma "voltadinha" di levis... Não é promessa, é só uma vontadinha...
me matei quando o tempo era escasso
e o que havia entre o tempo e o espaço
era o de sempre, nunca o mesmo passo.
Morrer faz bem à vista e ao baço
melhora o ritmo do pulso e clareia a alma.
Morrer de vez em quando
é a única coisa que me acalma.
Paulo Leminski
A onda agora é dar um tempo nos blogs. Tem um monte de gente parando... Então pra variar acho que vou dar uma "voltadinha" di levis... Não é promessa, é só uma vontadinha...
29 julho 2003
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o principe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não tem mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares sempre na mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... é preciso ritos.
...
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples, só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu é responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
...
- As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém...
- Que queres dizer?
- Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem rir!
E ele riu mais uma vez.
- E quando te houveres consolado (a gente sempre se consola), tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E abrirás às vezes a janela à toa, por gosto... E teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: "Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!" E eles te julgarão maluco. Será uma peça que te prego...
E riu de novo.
24 julho 2003
Dia a dia na Babilônia:
Ontem foram só coincidências, ingressos esgotados, um moço de olhos cor do céu perguntou se eu queria um ingresso: imagine minha resposta. Ele me deu. Entrei, tudo lotado, eu e um saco gigante de pipocas ultra-salgadas. Lá no meio do nada, um sorriso. Fui. Uns meninos estavam disputando alguns lugares para sentarem-se próximos a seus amigos. Dança da cadeira, sobrou uma, sentei. Chorei de rir com a brincadeira. A pipoca já estava elevando a minha pressão a 25/20 e eu tendo alucinações com qualquer tipo de líquido que me escorresse pela garganta, quando meu companheiro do lado pediu pra eu guardar o lugar para ele.
_ Claro, fique tranquilo !
Quando ele retornou quase chorei, o iluminado me trouxe um suco para agradecer a gentileza por eu ter cuidado de suas coisas .
DEUS EXISTE !
Viramos companheiros de cela. Trocamos balas e comentários. Voltei pra casa feliz.
Hoje, começou tudo de novo, correria, fila, meus atrasos. Cheguei no cinema (pra variar, lotado), lá com o queixo colado na tela, dois lugares, fui seca. Sentei, logo em seguida, outra maluca perdida. Tá guardado esse lugar ? Não. Ebaaa!!! Puxou papo. Companheiras de cela em menos de trinta segundos. Bel, médica, risonha, maia, inteligente de dar gosto. Dividimos os petiscos e as risadas, trocamos telefones, marcamos uma cerveja. E eu voltei pra casa feliz, feliz...
Quando eu penso em Festival de Animação, vejo o quanto essas palavras podem ser mágicas.
ANIMADONA !!!
Ontem foram só coincidências, ingressos esgotados, um moço de olhos cor do céu perguntou se eu queria um ingresso: imagine minha resposta. Ele me deu. Entrei, tudo lotado, eu e um saco gigante de pipocas ultra-salgadas. Lá no meio do nada, um sorriso. Fui. Uns meninos estavam disputando alguns lugares para sentarem-se próximos a seus amigos. Dança da cadeira, sobrou uma, sentei. Chorei de rir com a brincadeira. A pipoca já estava elevando a minha pressão a 25/20 e eu tendo alucinações com qualquer tipo de líquido que me escorresse pela garganta, quando meu companheiro do lado pediu pra eu guardar o lugar para ele.
_ Claro, fique tranquilo !
Quando ele retornou quase chorei, o iluminado me trouxe um suco para agradecer a gentileza por eu ter cuidado de suas coisas .
DEUS EXISTE !
Viramos companheiros de cela. Trocamos balas e comentários. Voltei pra casa feliz.
Hoje, começou tudo de novo, correria, fila, meus atrasos. Cheguei no cinema (pra variar, lotado), lá com o queixo colado na tela, dois lugares, fui seca. Sentei, logo em seguida, outra maluca perdida. Tá guardado esse lugar ? Não. Ebaaa!!! Puxou papo. Companheiras de cela em menos de trinta segundos. Bel, médica, risonha, maia, inteligente de dar gosto. Dividimos os petiscos e as risadas, trocamos telefones, marcamos uma cerveja. E eu voltei pra casa feliz, feliz...
Quando eu penso em Festival de Animação, vejo o quanto essas palavras podem ser mágicas.
ANIMADONA !!!
Que saudade do meu casaco de lã laranja ! Era o maior sucesso nos tempos dos bailinhos de garagem. Juro que se eu ainda o tivesse, vestiria amanhã no show do Hildon. Duvido que ele tenha esquecido vestuário tão bizarro.
Amanhã, o mais esperado show do ano para os sobreviventes da década de setenta e moradores de uma vila perdida lá no Jabaquara: HILDON.
" Que tempo bom, que não volta nunca mais..."
Ainda bem que não volta. Lá eu nem era tão feliz assim.
Mas o maravilhoso HILDON nada tem a ver com isso.
SHOUZAÇO no Sesc Vila Mariana.
" De que valem as luzes da cidade, se no meu caminho a luz é natural... "
Eu vou ver o homem de novo depois de milhões de anos, gentem !!!! Tô tão emocionada !!!
Viva o Black, Viva o Soul, Viva a galera do Jabaquara, é nóis na fita AINDA Mano !!!
ANIMA MUNDI
Mais animado do que nunca. Ou serei eu que estou animadíssima ? Caso você um dia tenha a oportunidade de ver um longa chamado "Mercano- o marciano" se entregue. DEMAIIISSSSS !!! Traço, humor, som, tudo... É a Argentina mostrando que balança, mas não cai. Não vou conseguir ver muitos filmes por causa do trabalho, mas os que vi tão valendo a correria.
Mais animado do que nunca. Ou serei eu que estou animadíssima ? Caso você um dia tenha a oportunidade de ver um longa chamado "Mercano- o marciano" se entregue. DEMAIIISSSSS !!! Traço, humor, som, tudo... É a Argentina mostrando que balança, mas não cai. Não vou conseguir ver muitos filmes por causa do trabalho, mas os que vi tão valendo a correria.
22 julho 2003
E hoje, uma salva de palmas de parabéns, pelo aniversário da minha primeira menstruação. Faz 20 anos que eu menstruo, o que quer dizer que tenho pouco tempo de vida fértil pela frente. Por um lado pode ser traumático, mas por outro é como a tão sonhada aposentadoria que se aproxima. Imagina como deve ser incrível, parar de pensar no calendário, como três semanas sim e uma não. Delírio !!!
Agradeço também à tecnologia que inventou essa chuva de marcas e modelos de absorventes que torna a nossa vida menos cruel.
Em pensar que eu conheci um bom número de "senhouras" que usavam "toalhinhas" como companheiras dos dias de inundação.
Que venha o novo !!! Sempre !!!
Eu sou, eu sou, eu sou !!!
Eu sou neguinha
Eu tava encostada ali, minha guitarra
No quadrado branco-vídeo-papelão
Eu era o enigma, uma interrogação
Olha que coisa mais
Que coisa à toa, boa boa boa boa
Eu tava com graça...
Tava por acaso ali , não era nada
Bunda de mulata, muque de peão
Tava em Madureira, tava na Bahia
No Beaubourg, no Bronx, no Brás
E eu e eu e eu e eu
A me perguntar:
Eu sou neguinha?
Era uma mensagem
Parece bobagem mas não era não
Eu não decifrava, eu não conseguia
Mas aquilo ia e eu ia e eu ia e eu ia e eu ia
Eu me perguntava:
Era uma gesto hippie, um desenho estranho
Homens trabalhando, pare, contramão
E era uma alegria, era uma esperança
E era dança e dança ou não ou não ou não
Tava perguntando:
Eu sou neguinha?
Eu sou neguinha?
Eu sou neguinha?
Eu tava rezando ali completamente
Um crente, uma lente, era uma visão
Totalmente terceiro sexo
Totalmente terceiro mundo
Terceiro milênio
Carne nua nua nua nua nua
Era tão gozado
Era um trio elétrico, era fantasia
Escola de samba na televisão
Cruz no fim túnel, becos sem saída
E eu era a saída, melodia, meio - dia dia
Dia dia
Era o que eu dizia eu sou neguinha
Mas e outras coisas via um moço forte
E a mulher macia dentro da escuridão
Via o que é visivel, via o que não via
E o que a poesia e a profecia não tem mais vez
É o que parecia
que as coisas acontecem
Coisas supreendentes
Fatalmente erram, acham solução
E que o mesmo ciclo que eu tento ler e ser
É apenas o possivel ou o impossivel em mim em mim em mim
e a pergunta vinha :
Eu sou neguinha?
Eu sou neguinha?
Eu sou neguinha?
Caetano Veloso
Eu sou neguinha
Eu tava encostada ali, minha guitarra
No quadrado branco-vídeo-papelão
Eu era o enigma, uma interrogação
Olha que coisa mais
Que coisa à toa, boa boa boa boa
Eu tava com graça...
Tava por acaso ali , não era nada
Bunda de mulata, muque de peão
Tava em Madureira, tava na Bahia
No Beaubourg, no Bronx, no Brás
E eu e eu e eu e eu
A me perguntar:
Eu sou neguinha?
Era uma mensagem
Parece bobagem mas não era não
Eu não decifrava, eu não conseguia
Mas aquilo ia e eu ia e eu ia e eu ia e eu ia
Eu me perguntava:
Era uma gesto hippie, um desenho estranho
Homens trabalhando, pare, contramão
E era uma alegria, era uma esperança
E era dança e dança ou não ou não ou não
Tava perguntando:
Eu sou neguinha?
Eu sou neguinha?
Eu sou neguinha?
Eu tava rezando ali completamente
Um crente, uma lente, era uma visão
Totalmente terceiro sexo
Totalmente terceiro mundo
Terceiro milênio
Carne nua nua nua nua nua
Era tão gozado
Era um trio elétrico, era fantasia
Escola de samba na televisão
Cruz no fim túnel, becos sem saída
E eu era a saída, melodia, meio - dia dia
Dia dia
Era o que eu dizia eu sou neguinha
Mas e outras coisas via um moço forte
E a mulher macia dentro da escuridão
Via o que é visivel, via o que não via
E o que a poesia e a profecia não tem mais vez
É o que parecia
que as coisas acontecem
Coisas supreendentes
Fatalmente erram, acham solução
E que o mesmo ciclo que eu tento ler e ser
É apenas o possivel ou o impossivel em mim em mim em mim
e a pergunta vinha :
Eu sou neguinha?
Eu sou neguinha?
Eu sou neguinha?
Caetano Veloso
Claudinha minha flor, perdoa sua nêga que está aqui, publicamente ajoelhada, sonhando com clemência. Sei que tem uns seis meses de história pra pôr em dia, mas o importante eu resumo. Tá tudo cérrrrto, bisssscoito !!! Muito trampo, uma máquina na mão, um monte de idéias na cabeça e jogando juízo de balde pela janela do quinto andar.
Essa semana people : Anima Mundi. Imperdível !!! Quem quiser enfrentar a Maratona em minha singela companhia, é só me mandar um emailzinho pro endereço aí dos contatos.
No ano passado, estava desempregada e consegui ver trocentos filmes, esse ano só vai dar pra pegar os noturnos, mas já tá de bom tamanho... Rambóra meu povo...
No ano passado, estava desempregada e consegui ver trocentos filmes, esse ano só vai dar pra pegar os noturnos, mas já tá de bom tamanho... Rambóra meu povo...
Andei por aí, olhando muito mais que falando ou ouvindo, e tô voltando pra casa, cheia de flores, junto com a Primavera... Veja o que os meus olhos andaram vendo:aqui.
21 julho 2003
25 maio 2003
Irresistível...
(Caso você não esteja com saco de ler uma longa história, pare por aqui.Fica como registro pra lutar contra o esquecimento.)
Num daqueles finais de semana, em casa de amigos, onde todos estão entorpecidos demais para desenvolver uma conversa inteligente, Zé Maria lança uma luz sobre nossas trevas. Zé era assim veículo de questionamentos constantes. Eu, Coba, Teca e Zé derrotados pelo sono elocubrávamos à respeito dos mistérios da existência. O Zé lançou uma das teorias que mais me enlouqueceram e num único instante mudou minha vida, assim como Carl Sagan já havia começado um dia. "Teoria do Universo em Expansão". Naquele momento era impossível compreender alguma coisa, o Zé extremamente prolixo, eu e Teca praticamente entregues a Morpheus. Pedimos muito pra que o assunto voltasse assim que acordássemos no outro dia. E assim surgiu a luz. Na manhã seguinte o papo rendeu muito, e por fim aprendi que estamos todos ligados por uma força física. Num determinado momento do tempo espaço somos todos parte da mesma matéria.
É claro que passei a entender muito melhor os meus sentimentos e ganhei um grande consolo para minhas agonias mais profundas sobre distâncias e separações.
Sou um poço enorme de contradições e curiosidades. Nasci com um pé no caldeirão politeísta e outro dentro de um tubo de ensaio. Não consigo entender direito a minha cabeça, mas acredito na união entre os povos na busca de um mundo mais justo pra todos. Sonho com o fim das trevas.
Hoje assisti o filme "O Ponto de Mutação". Já havia tentado vê-lo mais de uma vez e não passava dos primeiros quinze minutos. Sou taurina e muitas vezes preguiçosa.
Acordei com o objetivo de assistir o filme inteiro e agradeço por ter concretizado meus planos.
Cada vez mais me deslumbro com os mistérios da existência.
SENTIMENTO + CONHECIMENTO+ FÉ
Que deliciosa equação me domina.
Nasci bióloga. Aos seis anos sabia que queria ajudar o mundo a ser melhor, pensava em ser advogada e ajudar a criar leis pra mudar o mundo. Aos doze, já estava bem claro na minha cabeça que, queria ser ecologista. Aos vinte três pegava um canudo pra alegria e recompensa de minha mãe. Bati cabeça tentando furar a parede que isola as pessoas de baixa renda de seus mais profundos sonhos. Primeiro me conformei em cuidar da qualidade dos alimentos que as crianças ingeriam, depois passei a cuidar da saúde delas e agora enfim, tijolo por tijolo, tento seduzi-las para a construção de um mundo menos artificial. Nenhuma destas atividades me trouxe dinheiro, nem me livraram da pressão e preocupação familiares na construção de um patrimônio particular. Mas me renderam um bom número de questionamentos psicológicos. Por muito tempo olhei minhas mãos sangrarem, enquanto eu esmurrava pontas de facas. Ainda busco ar nesta maratona de nadar contra a maré, mas no fim do meu túnel a luzinha se aproxima a passos largos. Não estou só. Eu sou apenas mais um elétron que pode ser medido, mas cuja trajetória ainda é desconhecida.
Tentando compreender a "Teoria dos sistemas vivos", percebo que desde de sempre o meu cérebro carregava essa informação, tal qual a hemoglobina das aves migratórias reagindo com o magnetismo do centro da Terra. Sim, entendo perfeitamente a fé dos Guerreiros do Arco-Iris, e compactuo com eles o sonho da revolução.
Sinto aproximar-se o furacão das mudanças inevitáveis. Tudo se enrolando em espirais de coincidências engraçadas (como se eu acreditasse em coincidências) !
A globalização, a agressão à Natureza, as guerras, o amor que quase me destruiu... A fênix . A música eletrônica, o "Fuck copiright", o pensamento ecológico, a comunicação digital, a quebra dos grilhões do meu amor neurótico, os meninos de Aquário...
Sim, encontro respostas aos meus questionamentos divinos e deslumbro-me cada dia mais com a existência. Peço todos os dia à Luz, que não bloqueie meus pensamentos ao Novo, que não permita que eu perca a esperança e a fé, e que me permita sobreviver para ver nem que seja uns minutos do NOVO MUNDO.
Zé, a sua palavra faz muita falta, mas a semente que você plantou, já tá uma árvore de idéias deste tamanhão !!!
(Caso você não esteja com saco de ler uma longa história, pare por aqui.Fica como registro pra lutar contra o esquecimento.)
Num daqueles finais de semana, em casa de amigos, onde todos estão entorpecidos demais para desenvolver uma conversa inteligente, Zé Maria lança uma luz sobre nossas trevas. Zé era assim veículo de questionamentos constantes. Eu, Coba, Teca e Zé derrotados pelo sono elocubrávamos à respeito dos mistérios da existência. O Zé lançou uma das teorias que mais me enlouqueceram e num único instante mudou minha vida, assim como Carl Sagan já havia começado um dia. "Teoria do Universo em Expansão". Naquele momento era impossível compreender alguma coisa, o Zé extremamente prolixo, eu e Teca praticamente entregues a Morpheus. Pedimos muito pra que o assunto voltasse assim que acordássemos no outro dia. E assim surgiu a luz. Na manhã seguinte o papo rendeu muito, e por fim aprendi que estamos todos ligados por uma força física. Num determinado momento do tempo espaço somos todos parte da mesma matéria.
É claro que passei a entender muito melhor os meus sentimentos e ganhei um grande consolo para minhas agonias mais profundas sobre distâncias e separações.
Sou um poço enorme de contradições e curiosidades. Nasci com um pé no caldeirão politeísta e outro dentro de um tubo de ensaio. Não consigo entender direito a minha cabeça, mas acredito na união entre os povos na busca de um mundo mais justo pra todos. Sonho com o fim das trevas.
Hoje assisti o filme "O Ponto de Mutação". Já havia tentado vê-lo mais de uma vez e não passava dos primeiros quinze minutos. Sou taurina e muitas vezes preguiçosa.
Acordei com o objetivo de assistir o filme inteiro e agradeço por ter concretizado meus planos.
Cada vez mais me deslumbro com os mistérios da existência.
SENTIMENTO + CONHECIMENTO+ FÉ
Que deliciosa equação me domina.
Nasci bióloga. Aos seis anos sabia que queria ajudar o mundo a ser melhor, pensava em ser advogada e ajudar a criar leis pra mudar o mundo. Aos doze, já estava bem claro na minha cabeça que, queria ser ecologista. Aos vinte três pegava um canudo pra alegria e recompensa de minha mãe. Bati cabeça tentando furar a parede que isola as pessoas de baixa renda de seus mais profundos sonhos. Primeiro me conformei em cuidar da qualidade dos alimentos que as crianças ingeriam, depois passei a cuidar da saúde delas e agora enfim, tijolo por tijolo, tento seduzi-las para a construção de um mundo menos artificial. Nenhuma destas atividades me trouxe dinheiro, nem me livraram da pressão e preocupação familiares na construção de um patrimônio particular. Mas me renderam um bom número de questionamentos psicológicos. Por muito tempo olhei minhas mãos sangrarem, enquanto eu esmurrava pontas de facas. Ainda busco ar nesta maratona de nadar contra a maré, mas no fim do meu túnel a luzinha se aproxima a passos largos. Não estou só. Eu sou apenas mais um elétron que pode ser medido, mas cuja trajetória ainda é desconhecida.
Tentando compreender a "Teoria dos sistemas vivos", percebo que desde de sempre o meu cérebro carregava essa informação, tal qual a hemoglobina das aves migratórias reagindo com o magnetismo do centro da Terra. Sim, entendo perfeitamente a fé dos Guerreiros do Arco-Iris, e compactuo com eles o sonho da revolução.
Sinto aproximar-se o furacão das mudanças inevitáveis. Tudo se enrolando em espirais de coincidências engraçadas (como se eu acreditasse em coincidências) !
A globalização, a agressão à Natureza, as guerras, o amor que quase me destruiu... A fênix . A música eletrônica, o "Fuck copiright", o pensamento ecológico, a comunicação digital, a quebra dos grilhões do meu amor neurótico, os meninos de Aquário...
Sim, encontro respostas aos meus questionamentos divinos e deslumbro-me cada dia mais com a existência. Peço todos os dia à Luz, que não bloqueie meus pensamentos ao Novo, que não permita que eu perca a esperança e a fé, e que me permita sobreviver para ver nem que seja uns minutos do NOVO MUNDO.
Zé, a sua palavra faz muita falta, mas a semente que você plantou, já tá uma árvore de idéias deste tamanhão !!!
12 maio 2003
24 abril 2003
23 abril 2003
09 abril 2003
03 abril 2003
02 abril 2003
Tudo bem, eu confesso, ando mesmo desblogada. Estou outonal, me recolhendo aos meus bons e velhos edredons. Tenho trabalhado muito e parece que não saio do lugar. Esteira. Queria ter ânimo pra saltitar pelas baladas, mas não tá rolando. A inspiração me abandonou, se eu escrevesse pra viver, não estaria ganhando nem pro café. Até a maquininha nova, ansiosa por uns clicks, tá paradinha na bolsa, dá até dó. Não é tristeza o meu problema, pelo contrário, estou reagindo muito bem às intempéries da vida, acho que é "cansaço". O feriadão vem aí e eu vou cair no mundo... Sol de dia, friozinho à noite, comida boa e a bateria recarregará rapidinho.
Perdão, meus amigos resistentes.
Perdão, meus amigos resistentes.
Roubei descaradamente, mas dou o crédito...
Meu novo lema:
Se não posso ser feliz, que meu batom seja vermelho!
alinecoelha
Meu novo lema:
Se não posso ser feliz, que meu batom seja vermelho!
alinecoelha
31 março 2003
27 março 2003
Não quero medir a altura do tombo
Nem passar agosto esperando setembro
Se bem me lembro
O melhor futuro este hoje escuro
O maior desejo da boca é o beijo
Eu não quero ter o tejo me escorrendo das mãos
Quero a guanabara quero o rio nilo
Quero tudo ter estrela flor estilo
Tua língua em meu mamilo água e sal
Nada tenho vez em quando tudo
Tudo quero mais ou menos quanto
Vida vida noves fora zero
Quero viver quero ouvir quero ver
Z.Baleiro
Calor, felicidade, paquera, sorvete, panetone, praia, montanha, tesão, descoberta, curiosidade, presente, arte, música, namorado novo, amante antigo, viagem, férias, feriado, rapel, paraquedas, voar, colete salva-vidas, amigos, livro, filme, pipoca, presunto, novidade, abraço seguido de beijo na boca gostoso, ficar, amigo do amigo, turma nova, galera das antigas, irmãs... Só tudodibom pra receber este outono que vem aí ! Pra todos nós e eus.
A atual, pequena, branquinha, angelical, se agarrava aquele homenzarrão como se o mundo fosse se acabar no próximo segundo. As ex, no banco traseiro, de mãos dadas sofrendo da mesma dor e curiosidade. Ao chegar na pequena cidade,foram muitíssimo bem recebidas pela família da moça, que não escondia a satisfação pela "aquisição" da filha. Eram comuns os comentários de como ele havia se adaptado perfeitamente aos hábitos familiares, inclusive a dança, que o pai da moça citava a todo momento: - Ele adora dançar com ela. As outras duas ( que é claro, foram apresentadas como amigas), observavam a tudo atônitas. Aquela que foi a última a ser convidada, desandou em choros incontroláveis e foi consolada pela companheira de causa. Apoiou a pobre enquanto pode, e resolveu sair pra respirar um pouco de ar menos podre do que o que se encontrava por ali. Foi ao centro da pequenina cidade, onde a única atração para um sábado à tarde era uma sorveteria. Conheceu os mau elementos da cidade, até fez amizade com um rapaz que repassava drogas no local, conversaram, caminharam juntos por um tempo e ele foi cumprir suas funções profissionais. Ela comprou uma passagem de volta. O ônibus sairia dali a uma hora. Voltou pegou suas coisas e foi-se com o ônibus rumo à sua casa. Durante todo o caminho e até hoje ela ainda pensa naquilo. Não tinha dúvidas, ele era o homem da sua vida. Como o amor pode ser tão insano ? Mas que destino é esse que nos liga a pessoas que não se preocupam ao menos se podemos sobreviver à torturas. Tem quem morre, quem se mata ou enlouquece. Ela desistiu, enquanto ainda era tempo... E o mais estranho era que ela sinceramente desejava que ele fosse feliz. Ela realmente o amava...
25 março 2003
Outras três
Três mulheres apaixonadas pelo mesmo homem. Um menino grande, desencanado do mundo e das pessoas, mas assustadoramente cativante. Perigoso. Numa visita à casa da ex, ele leva a atual. Ninguém acreditava naquilo ! Poderia ser uma coisa normal, se a ex ainda não estivesse se recuperando do estrago por ele causado. Ela os recebeu cordialmente, enquanto o chão desaparecia sob seus pés. -Podemos ficar uns dias ?
Nada do que ela imaginasse poderia definir aquele momento.
-Claro !
Por dois dias essas mulheres conversaram muito e se compararam até a última célula da epiderme.
O que queria ele afinal ?
A atual morava numa pequena cidade do interior, tinha posses, ele herdaria com ela uma vida tranquila no campo. A ex, morava na capital, vida comum.
Ao final dos dois dias, arrumaram as malas e a atual fez questão de que a ex fosse passar o final de semana com eles em sua cidade natal.
Pagando pra ver qual a reação do rapaz e onde aquela história iria acabar, a ex topou.
Ele sugeriu que passassem na casa de uma amiga para levá-la também ao passeio, as moças concordaram. Ele buscou a ex-anterior...
Três mulheres assombradas com a mente doentia daquele tão doce homem.
(continua...)
Silvana e Cris
Duas mulheres que não podiam ser definidas como pequenas. Mulheres de porte. Cheinhas. Silvana editava uma revista e Cris era do mundo web. Ambas desistindo do mesmo homem. Bodas de um casal amigo. Marina, a ex-namorada do rapaz, entra na igreja ansiosa por revê-lo. Ele, amigão de toda a família, faz as fotos do festejo. Ao ver Marina aproxima-se, entrega-lhe a máquina para que ela o fotografe. Inocente, a moça se enche de esperanças. Mais tarde conversando com Silvana, que o descreve de forma impiedosa, Marina vê o homem de sua vida correr atrás de Cris, tentando justificar qualquer defeito a ele atribuido.
Como são tolas as mulheres, enchem cestos de alegrias e presenteiam quem não sabe o que fazer com elas...
Você sabe que o mundo vai acabar quando o melhor rapper é branco, o melhor golfista é preto, a França acusa os Estados Unidos de arrogância e a Alemanha não quer ir à guerra.
Roubado da Cora
Roubado da Cora
Alice através do espelho
Alguma coisa estranha estava acontecendo a Alice. No mundo do espelho, tudo era invertido, as horas no relógio, o esquerdo e o direito, as letras difíceis de ler... Ali o belo era esquisito, havia uma tristeza espalhada no ar... Aquele não era o mundo de Alice, mas misteriosamente esse lugar estranho exercia um grande fascínio sobre ela. Embora sentindo-se um tanto feia, um tanto burra, a menina queria de certa forma fazer parte daquele lugar. As criaturas a desprezavam, mentiam, suportavam-na. Alice para resistir, feria a própria carne com lâminas afiadas, furava-se, marcava o próprio rosto a ferro, desejando ser aceita. Não a viam, era uma sombra, um zumbi. Mas de repente, num estalo, ela percebeu: Eles não são reais ! Era isso, havia em Alice vida demais, alegria demais, realidade demais, e isso, nem através do espelho eles conseguiriam suportar...
Alguma coisa estranha estava acontecendo a Alice. No mundo do espelho, tudo era invertido, as horas no relógio, o esquerdo e o direito, as letras difíceis de ler... Ali o belo era esquisito, havia uma tristeza espalhada no ar... Aquele não era o mundo de Alice, mas misteriosamente esse lugar estranho exercia um grande fascínio sobre ela. Embora sentindo-se um tanto feia, um tanto burra, a menina queria de certa forma fazer parte daquele lugar. As criaturas a desprezavam, mentiam, suportavam-na. Alice para resistir, feria a própria carne com lâminas afiadas, furava-se, marcava o próprio rosto a ferro, desejando ser aceita. Não a viam, era uma sombra, um zumbi. Mas de repente, num estalo, ela percebeu: Eles não são reais ! Era isso, havia em Alice vida demais, alegria demais, realidade demais, e isso, nem através do espelho eles conseguiriam suportar...
24 março 2003
Sabe quando alguém que você não suporta, te abraça e mesmo depois de horas, você fica com aquela vontade de tomar banho pra se livrar do mínimo resquício de contato com aquela criatura indesejável ? Tô assim, enojada ! Querendo inutilmente esfregar a minha pele, na ilusão de me livrar das mentiras do mundo !
Ainda me surpreendo: Como pude ser tão tola ?
Ainda me surpreendo: Como pude ser tão tola ?
Outro dia, um cara me disse que lê esse blog e não entende nada do que eu escrevo. QuaQuaQuaQuaQua ! Pra ser mais direta, só se eu botar nome e telefone na legenda. Perdoem-me se sou amarga, mas existem alguns seres humanos que me tiram do sério. E outros tantos, que acreditam em seus personagens sociais e esquecem de ser gente. Não vou mais perder meu tempo tentando fazer cegos enxergarem. Minha vó sempre diz " O verdadeiro cego é aquele que não quer ver...", e destes o mundo tá cheio. Vão meus queridos, caminhem por este tortuoso caminho pelo qual vocês optaram ! Aqui a gente se separa .
Mas por favor, não tentem fazer com que eu engula propaganda enganosa, please !
Mas por favor, não tentem fazer com que eu engula propaganda enganosa, please !
Tempos bicudos
Alguma coisa aqui dentro se rompeu.Como uma artéria, primeiro arde, dói muito, depois aquela mancha, que você vai acompanhar por vários dias, até que desapareça. Estourou algo na minha carne, e ainda dói, mas vai passar. Na asa de um presságio, observo meu destino distante pairando sobre minha cabeça. Tempos negros me esperam, mas suportarei, porque suportei sempre. Indigna-me apenas a hipocrisia, a mentira, a falta de consideração, pois esperar amizade, seria pedir demais. Olhar ao redor pode ser impossível para alguns. Há aqueles que olham e fingem ver, fingem tão bem que se convencem da própria mentira. Mundo Bizarro ! A inocência do gesto não intencional e a reincidência certeira. A espera ansiosa pelo perdão ! Quem aguarda pelo perdão, tem consciência do mal que causou. E tem os que não se importam e aqueles que esquecem do ato, supondo que todos farão o mesmo...
" Quem bate, esquece, quem apanha, não ! "
Alguma coisa aqui dentro se rompeu.Como uma artéria, primeiro arde, dói muito, depois aquela mancha, que você vai acompanhar por vários dias, até que desapareça. Estourou algo na minha carne, e ainda dói, mas vai passar. Na asa de um presságio, observo meu destino distante pairando sobre minha cabeça. Tempos negros me esperam, mas suportarei, porque suportei sempre. Indigna-me apenas a hipocrisia, a mentira, a falta de consideração, pois esperar amizade, seria pedir demais. Olhar ao redor pode ser impossível para alguns. Há aqueles que olham e fingem ver, fingem tão bem que se convencem da própria mentira. Mundo Bizarro ! A inocência do gesto não intencional e a reincidência certeira. A espera ansiosa pelo perdão ! Quem aguarda pelo perdão, tem consciência do mal que causou. E tem os que não se importam e aqueles que esquecem do ato, supondo que todos farão o mesmo...
" Quem bate, esquece, quem apanha, não ! "
Riponga, maluquete, sem-juízo, doida varrida, e outros tantos rótulos imbecis que tive na vida, todos eles me fazem crer que realmente não devo ser normal. Não é normal olhar lá pra fora e fingir que tá tudo bem, ir ao cinema, comer um Big Mac, assistir ao Oscar. MEU DEUS, que coisa mais maluca é essa ? Cadê os caras pintadas ? Os sindicatos ? Os professores ? Os artistas ? Por favor, alguém aí tem uma gillete ?
22 março 2003
19 março 2003
18 março 2003
A ignorância que "estravanca" o progresso...
Veja essa baixaria imperdível de uns dos queridinhos globais...
Vi lá no Telescópica.
Veja essa baixaria imperdível de uns dos queridinhos globais...
Vi lá no Telescópica.
17 março 2003
O sistema de comentários engoliu e desapareceu com trocentos comentários registrados.Alguém sabe como isto pode ter acontecido sem que eu tenha deletado ? Algum vírus é capaz de fazer estas coisas ? Desculpem a ignorância, mas tô meio sem saber o que aconteceu. Se alguém puder me esclarecer, dá uma forcinha ? Please !!!!
E eu que imaginava que na era tecnológica vocês tinham virado lembranças virtuais... Me enganei, que BOM !!!!!!!
Alê, Ju, Marcão e André, o não fotografável, amei, amei tudo, amo vocês pra sempre e todo dia.
Amigos loucos e sérios
Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Louco que senta e espera a chegada da lua cheia.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.
Marcos Lara Resende
Alê, Ju, Marcão e André, o não fotografável, amei, amei tudo, amo vocês pra sempre e todo dia.
Amigos loucos e sérios
Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Louco que senta e espera a chegada da lua cheia.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.
Marcos Lara Resende
15 março 2003
Será que somos todos doentes ?
Ai que meda...
Assim sendo, não só não creio que o individualismo não é sinônimo e nem implica em egoísmo como é forte a convicção que tenho na direção oposta: o egoísmo deriva da imaturidade emocional que se caracteriza pelo incompleto desenvolvimento da individualidade. O egoísta não pode ser individualista porque ele tem que ser favorável à vida em grupo já que não tem competência para gerar tudo aquilo que necessita. É do grupo -- ou de algumas pessoas pertencentes ao grupo -- que irá extrair benefícios. O egoísta é aquele que precisa receber mais do que é capaz de dar. É um fraco e não um esperto. Ou melhor, é esperto porque é fraco e precisa usar a inteligência para ludibriar outras pessoas e delas obter o que necessita e não é capaz de gerar. O egoísta tem que ser simpático e extrovertido. Não é assim porque gosta das pessoas e de estar com elas. É assim porque precisa delas e tem que seduzi-las com o intuito de extrair delas aquilo que necessita.
Uma outra forma de imaturidade emocional, menos dramática que o egoísmo, é a generosidade. O generoso precisa se sentir amado e benquisto. Para atingir esse objetivo faz qualquer tipo de concessão. O egoísta percebe isso -- é esperto e atento a todas as oportunidades de se beneficiar -- e trata de obter os favores práticos que o generoso está disposto a prestar com o intuito de se sentir aconchegado. Compõe-se uma aliança sólida e nociva entre esses dois tipos de pessoas imaturas e dependentes: o egoísta depende para aspectos práticos da sobrevivência e o generoso depende para aspectos emocionais de aconchego e de não se sentir sozinho. Esse tipo de aliança define um tipo comum de elo amoroso que E. Fromm chamava de sado-masoquista: o sádico é o egoísta e o masoquista o generoso. Existe uma interdependência na qual o mais poderoso -- porque o menos imaturo -- é o generoso ou o masoquista. Sim, porque até mesmo no sado-masoquismo sexual quem dá as cartas é o masoquista!
Se tá afim de ler o texto inteiro: aqui ó.
Ai que meda...
Assim sendo, não só não creio que o individualismo não é sinônimo e nem implica em egoísmo como é forte a convicção que tenho na direção oposta: o egoísmo deriva da imaturidade emocional que se caracteriza pelo incompleto desenvolvimento da individualidade. O egoísta não pode ser individualista porque ele tem que ser favorável à vida em grupo já que não tem competência para gerar tudo aquilo que necessita. É do grupo -- ou de algumas pessoas pertencentes ao grupo -- que irá extrair benefícios. O egoísta é aquele que precisa receber mais do que é capaz de dar. É um fraco e não um esperto. Ou melhor, é esperto porque é fraco e precisa usar a inteligência para ludibriar outras pessoas e delas obter o que necessita e não é capaz de gerar. O egoísta tem que ser simpático e extrovertido. Não é assim porque gosta das pessoas e de estar com elas. É assim porque precisa delas e tem que seduzi-las com o intuito de extrair delas aquilo que necessita.
Uma outra forma de imaturidade emocional, menos dramática que o egoísmo, é a generosidade. O generoso precisa se sentir amado e benquisto. Para atingir esse objetivo faz qualquer tipo de concessão. O egoísta percebe isso -- é esperto e atento a todas as oportunidades de se beneficiar -- e trata de obter os favores práticos que o generoso está disposto a prestar com o intuito de se sentir aconchegado. Compõe-se uma aliança sólida e nociva entre esses dois tipos de pessoas imaturas e dependentes: o egoísta depende para aspectos práticos da sobrevivência e o generoso depende para aspectos emocionais de aconchego e de não se sentir sozinho. Esse tipo de aliança define um tipo comum de elo amoroso que E. Fromm chamava de sado-masoquista: o sádico é o egoísta e o masoquista o generoso. Existe uma interdependência na qual o mais poderoso -- porque o menos imaturo -- é o generoso ou o masoquista. Sim, porque até mesmo no sado-masoquismo sexual quem dá as cartas é o masoquista!
Se tá afim de ler o texto inteiro: aqui ó.
14 março 2003
Uma das minhas atuais funções, é manter 150 pessoas da Melhor Idade em plena atividade intelectual e social. Gente linda e energética. É uma overdose de amor que agradeço a cada segundo. Dureza é enfrentar a ânsia que as assola em me arrumar um marido. Não há agência matrimonial neste país que seja concorrente à altura. Me fizeram prometer que a semana que vem tenho que ensina-las a usar a internet... Tô achando que vou virar atração do Fantástico !
QUA QUA QUA QUA QUA !!!!!
QUA QUA QUA QUA QUA !!!!!
Cica, no verão, exalo meus perfumes, embriago-me de cio, afloro ! Multiplicada me abro pra lua, pro sol, me entrego à sorte... Sinto emergência, desejo. Iluminada, sou pura provocação entre os verdes que me cobrem. Os que me provam, enxergam cores diferentes... Caminhem depressa, o outono se aproxima !!!
Quando um amigo diz adeus, dá aquele aperto no peito, uma vontade de fica mais, de vou junto, de quebrar o relógio pra se atrasar, de furar o pneu do ônibus, do trem, do avião.E quando o amigo vai de vez, a gente pergunta pra Deus: Tá seletivo hein bródi ?!? Mas tudo bem, qualquer hora ganho o passe, e armo uma festa, reúno a galera e se não for bonzinho God, não te convido...
Vai Carlinhos, vai armando o circo, eu de cá vou encarnando o personagem e qualquer dia desses, a gente vira a mesa
Vai Carlinhos, vai armando o circo, eu de cá vou encarnando o personagem e qualquer dia desses, a gente vira a mesa
Ernesto,
Não faz assim comigo não...
Eu havia quase esquecido desse jeito doído de aprender voar...
Se faltar chão, dane-se, temos luz e calor, inventaremos outros mundos.
Só nós sabemos onde está escondido o tesouro e ganhará o mapa quem trouxer o brilho no olhar.
Adormeça o dragão, você sabe, o inverno poderá ser cruel. Mas quando a neve derreter, o mundo terá mudado, e eu o asseguro, as planícies terão outro perfume.
Eu Fênix, ardi até a última cinza, hoje aprendo o valor de voar mais alto...
Beijo,abraço,dengo, e uma aurora boreal só pra você
12 março 2003
O poder do olfato
Depois de um dia exaustivo, no conforto do lar, em frente ao espelho, retiro a maquiagem de guerra. Um cheirinho vindo de um passado bem distante, me hipnotiza e me leva de volta aos braços de um amor que a vida me levou. A memória é passaporte seguro e tem visto garantido. Meu lindo, seja muito feliz !!!!
Trago meus homens impregnados na alma...
Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
10 março 2003
08 março 2003
"Desde o colégio tinha a convicção de que gente de igreja carecia de qualquer virtude inspirada por Deus."
"Pode-se estar apaixonado por várias pessoas ao mesmo tempo, por todas com a mesma dor, sem trair nenhuma. (...) O coração tem mais quartos que uma pensão de putas."
Gabriel Garcia Marques
Roubei lá do Calendário
06 março 2003
27 fevereiro 2003
24 fevereiro 2003
17 fevereiro 2003
E agora vou de boca na próxima semana, que pra variar será cheia de coisas pra fazer e quase nenhum tempo pra vir aqui dar as notícias. Começo um curso de duas semanas, e na próxima ainda tenho um treinamento de três dias no trabalho. Tenho que ouvir meu coração e ainda assim não magoar ninguém. Eh coisa difícil, escolher entre se magoar ou magoar o próximo ! Será que quando é comigo, as pessoas também se questionam, acho que não ! Preciso de mais tempo de análise para continuar boa da cabeça ! Adoraria usar um linguajar chulo e gritar ao mundo: FODA-SE, mas não consigo e também não sei se quero mesmo. O que me diferencia do resto da humanidade é que de verdade, eu me preocupo. Sou trouxa, mas me admiro !
Por vezes, tenho dor em minha dignidade.Daquelas agudas, que faz com que a gente tenha dificuldade de respirar. É meio sádico da minha parte, pois conheço o remédio, mas o gosto dele é muito amargo, e entre o remédio e a dor, fico com a dor, que agora dá uma fisgada bem maior, chegando lá no cérebro, me fazendo lembrar que apesar de guerreira, também sou extremamente covarde.
14 fevereiro 2003
Para vocês que namoram, parabéns ! Deve realmente ser muito gostoso poder estar juntinho com alguém comemorando estas pequenas bobagens, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapêêêê. Porque não é bom só nesse dia, é bom todo dia, toda hora, enroscar em alguém, ter essa vontade besta de apertar tanto até atravessar dessa pra uma outra dimensão, onde nada te atinge a não ser o prazer desse instante. Ah! Se essa alegria vendesse na farmácia...
Comemorem com São Valentin, comemorem brindando o amor, lavem o mundo com líquido seminal, semeem prazeres gozosos, colham carinhos sinceros, deleitem-se e se fartem de amor.
Pois quem não tem, sabe como dói a maior fome do mundo.
E lembrem-se de dizer não à guerra...
10 fevereiro 2003
Nessa hora
Menina entendeu tudinho.
Descobriu que só carinho
é que espanta a solidão.
E que dor, se dividida,
fica dor menos doída.
E que aí,
dá até vontade
de continuar a crescer
pra descobrir
o resto das coisas.
Um livrinho lindinho, veja aqui.
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