Careca
Esse desejo de mudança sempre me empurra quando chega o verão.Essa agonia na alma, esse vapor quente, esse cio. Se no espelho minha cara é a mesma, um ácido me corrói. É necessário e imperativo mudar a imagem que me sorri no porta retrato.Se não o faço, é como se a vida fosse se gastando. Enfim, vou cedendo a bolinação, e deixo o óbvio me levar pras mãos de Dandara. Neste verão mudei de novo. Com o cabelo sempre faço como os marinheiros cuidando da embarcação: tiro as cracas. Passei a máquina.
Moicana.
Até penso melhor.
Uma leveza, uma ternura ao receber aqueles olhares tão assustados que pousam sobre a minha figura.
Me vejo velhinha, provocação e riso.
Viver é cinema. E adoro cuidar de tudo, cena a cena.
27 dezembro 2004
Carolina
Atropelada pela palavra,
senti tantas coisas,
me vi nua.
mas foi prazer e mel
deleite
jorra sempre esses delírios
menina rima
esperamos seus orvalhos
com uma sede de deserto...
Obrigado minha linda, você me lavou a alma literária.
Não percam a chance leiam tudo aqui.
08 dezembro 2004
04 dezembro 2004
15 outubro 2004
14 outubro 2004
10 outubro 2004
Confissão
Queria ser princesa, delicada e frágil, daquelas que os príncipes sonham encontrar. A vida me fez diferente, ousadia e força, em gestos que não sei conter. Vejo meu novo amor brindar princesas com alegria e flor, sei não são para mim. Talvez eu fosse o melhor companheiro na batalha, o melhor amigo pra ouvir, mas enfim, não sou aquela musa etérea de face alva e cabelos de ouro. Seria talvez teu melhor amigo, teu mais fiel soldado, teu abrigo, teu porto seguro. Criaria teus filhos, trocaria minha vida pela sua, ignoraria perigos, desafiaria a morte. Mas príncipes são cegos, nada vêem. Vai meu sonho, gasta tuas mais lindas canções para os ouvidos de quem não te ouve, depois descobre que esta pele morena tem o calor que sonhavas tirar de seus desejos de neve...
Queria ser princesa, delicada e frágil, daquelas que os príncipes sonham encontrar. A vida me fez diferente, ousadia e força, em gestos que não sei conter. Vejo meu novo amor brindar princesas com alegria e flor, sei não são para mim. Talvez eu fosse o melhor companheiro na batalha, o melhor amigo pra ouvir, mas enfim, não sou aquela musa etérea de face alva e cabelos de ouro. Seria talvez teu melhor amigo, teu mais fiel soldado, teu abrigo, teu porto seguro. Criaria teus filhos, trocaria minha vida pela sua, ignoraria perigos, desafiaria a morte. Mas príncipes são cegos, nada vêem. Vai meu sonho, gasta tuas mais lindas canções para os ouvidos de quem não te ouve, depois descobre que esta pele morena tem o calor que sonhavas tirar de seus desejos de neve...
Um novo amor me sopra nas ventas... Quanta alegria !!! Ele tem aquele jeito básico de amor meu, meio quieto, sorriso mistério, e na cabeça todas as idéias do mundo. Quando o vi, já sabia , como sempre... Meus amores são assim, os vejo do outro lado da rua e já sei: É ele ! E este não foi diferente... Trazia no corpo , as roupas que eu sonhei tirar, e tinha na alma aquela marca estranha de dor e prazer que me vicia, sei seu cheiro decór. Seu nome um dia me veio em sonho, presságio, talvez o melhor beijo que minha boca tenha provado. Estou envolta. Talvez dure apenas horas, mas neste momento sou sua, curiosidade e desejo, criança aflita, brinquedo na vitrine, longe do alcance das mãos... Cuidado comigo homem, os céus conspiram a meu favor, e só o que eu sei: te quero, e não sossego enquanto não souber o sabor de sua carne...
22 setembro 2004
A emoção de ser linkado
Ser linkado é uma coisa tão banal que nem deveria ser digna de observação.Mas a gente observa. Já tive gratas surpresas de ver meu nome estampado em alguns lugares que chegaram a me impressionar (outros temer, hahahahah), mas falo de um em especial. Tem um sujeito que escreve coisas que realmente me emocionam, mas nossa relação pessoal é péssima. Não sei como posso ir do inferno ao céu com tanta facilidade. Quando penso nele tenho sentimentos ruins, mas quando o leio sou embalada num gingado de prazer. Muito bom mesmo.
E daí, um dia eu descubro meu nomezinho linkado lá na cara do gol, na seção "leitura indicada", na porta da frente do blog do moço, vixi, que coisa !!!
Mas muita água passou por baixo da ponte e hoje em dia a relação piorou e muito, mas o que mais me impressiona é que ele já até pintou a casa de outra cor, reformou as paredes do blog, mas a plaquinha com meu nome, continua lá, mesmo eu só atualizando isso aqui uma vez a cada século... E isto tudo gera emoções tão estranhas na gente !!! Relações virtuais, emoções holográficas, sensações digitais. Um link, tudo isso por um link. Estranhos esses caminhos que nos unem...
Ser linkado é uma coisa tão banal que nem deveria ser digna de observação.Mas a gente observa. Já tive gratas surpresas de ver meu nome estampado em alguns lugares que chegaram a me impressionar (outros temer, hahahahah), mas falo de um em especial. Tem um sujeito que escreve coisas que realmente me emocionam, mas nossa relação pessoal é péssima. Não sei como posso ir do inferno ao céu com tanta facilidade. Quando penso nele tenho sentimentos ruins, mas quando o leio sou embalada num gingado de prazer. Muito bom mesmo.
E daí, um dia eu descubro meu nomezinho linkado lá na cara do gol, na seção "leitura indicada", na porta da frente do blog do moço, vixi, que coisa !!!
Mas muita água passou por baixo da ponte e hoje em dia a relação piorou e muito, mas o que mais me impressiona é que ele já até pintou a casa de outra cor, reformou as paredes do blog, mas a plaquinha com meu nome, continua lá, mesmo eu só atualizando isso aqui uma vez a cada século... E isto tudo gera emoções tão estranhas na gente !!! Relações virtuais, emoções holográficas, sensações digitais. Um link, tudo isso por um link. Estranhos esses caminhos que nos unem...
30 julho 2004
Que vento é esse que assanha as meninas ? Que graça é essa ? Pouco importa o nome ou onde é que ela mora, pois mora dentro dela um mundo. Meninas daqui, meninas de lá, trazem no peito esse sonho de príncipe, esse molejo maroto, esse mistério de ser. Gaia. Criatura que gera. Coração onde entram tantos que não se pode contar. Tantos desejos. Tanta força. Fada cabocla.
Morrerei menina. Salve Mãe Menininha !
Toca na minha alma um chorinho dançante na voz de Ademilde Fonseca. E meus pés sambam miúdo, meus olhos correm o mundo e meu nariz fareja incessante. Essa memória de desassossego. Maliciosa. Espio de espreita. Assopro o morninho.
Os meninos me olham de longe, pareço esquisita. Mas gosto. Sou diferente, assim assim.
Trago na ponta da língua as histórias que já vivi e sei que as bruxas existem. Monstros não.
Não acredito mais neles. Sapos, beijo todos, quem sabe algum desvira. Gosto de sonhar caindo ou voando, dizem que é quando a gente tá crescendo. E brinco horas na frente do espelho me virando rapidinho em todas aquelas que trago por dentro. E trago tantas que as vezes me atrapalho. Mas brinco de esquecer, de só lembrar do que é bom, de achar que todo mundo é legal e que quando amanhecer amanhã vai estar sol e vou poder correr descalça, tomar banho de mangueira e brincar de ciranda até a vida apagar.
"Dentro da menina, a menina dança, e dentro da menina, a menina dança, até o sol raiar..."
Novos Baianos
Morrerei menina. Salve Mãe Menininha !
Toca na minha alma um chorinho dançante na voz de Ademilde Fonseca. E meus pés sambam miúdo, meus olhos correm o mundo e meu nariz fareja incessante. Essa memória de desassossego. Maliciosa. Espio de espreita. Assopro o morninho.
Os meninos me olham de longe, pareço esquisita. Mas gosto. Sou diferente, assim assim.
Trago na ponta da língua as histórias que já vivi e sei que as bruxas existem. Monstros não.
Não acredito mais neles. Sapos, beijo todos, quem sabe algum desvira. Gosto de sonhar caindo ou voando, dizem que é quando a gente tá crescendo. E brinco horas na frente do espelho me virando rapidinho em todas aquelas que trago por dentro. E trago tantas que as vezes me atrapalho. Mas brinco de esquecer, de só lembrar do que é bom, de achar que todo mundo é legal e que quando amanhecer amanhã vai estar sol e vou poder correr descalça, tomar banho de mangueira e brincar de ciranda até a vida apagar.
"Dentro da menina, a menina dança, e dentro da menina, a menina dança, até o sol raiar..."
Novos Baianos
27 julho 2004
05 julho 2004
Calíope, a musa da eloquência e da poesia
Eram nove, as musas. Os artistas lhes rendiam homenagens para que jamais lhes faltassem inspiração. Aquela febre de criar, aquelas palavras que nos saltam da boca, as cores, os sons... Somos musas. A mitologia não morre. Mas, aos artistas que esquecem de nos reverenciar, sentimos muito, o vazio os espera...
27 junho 2004
Casseta, um dia daqueles...
Protesto emocionado do Marcelo Yuka na abertura do Fórum Cultural Mundial. Chamou a Rosinha de desgraçada, esclareceu pro Maluf que não somos trouxas e clamou pela memória sobre as baixarias atuais do Judiciário.
Muito punho cerrado pra cima. Aí depois, entrou aquele que me fez sair o espírito, me exorcizou, botou meus bichos pra fora. Manu Chao, meu muito obrigado. Coisa de outro mundo. Thanks.
22 junho 2004
Onde os malucos se encontram...
Existe um lugar para onde vamos todos os doidões quando aprendemos a nos teletransportar. Porque cá entre nós, depois que aprendemos a técnica, não faz o menor sentido ficar por aqui. Muito menos ir para o céu, onde só toca Ray Conniff. Para nós existe um lugar, e é pra lá que Leonel foi, encontrar com Darcy Ribeiro, que foi quem melhor traduziu para o palpável os delírios de Leonel. Meus cumprimentos amigo, político inflamável, passional até o caroço, que ousou sonhar que dando ensino ao povo transformaria essa sociedade.Acordada sonho contigo Leonel. Beijo no Darcy.
Fechando a série...
O Vampiro
Ao contrário de muita gente, sempre adorei os vampiros. Desde muito pequena era seduzida por estes seres incríveis. Um sonho, um devaneio.
Sempre um homem belo, requintado, inteligente e sensual. Um ser noturno, que com seu jeito encantador, hipnotizava, atraindo para seu beijo quente e transformador.Aquele homem cujo sangue se mistura ao seu, aquele a quem você estará eternamente ligada. Delicioso mito. Mito ? Quem falou em mito ? Eles são reais. Conheço-os de perto.
Não é loucura não !!!
Existem homens que são assim, aparecem na calada da noite vindos do absoluto nada. Chegam e por alguns instantes você pensa que sua vida virou uma festa. Tudo fica mais lindo, muda o aroma do ar, as cores parecem mais vivas, músicas tocam ao fundo como tema de cinema, de dentro surge uma impressão de ser a mais bela e desejada das mulheres, e você segue bailando como se a vida fosse um imenso salão.
Este homem é capaz de dizer loucuras ao seu ouvido, tira seus pés do chão e com um único olhar é capaz de arrancar suas roupas sem fazer o menor movimento. Em seu corpo pulsam tantos corações que não há como explicar. Sobe por entre as coxas um calor só comparável ao gêlo que desce pela barriga. Torpor. Desejo: sexo. A cabeça gira. Os pensamentos ficam desconexos. E você se entrega a esta deliciosa loucura. Essa lambida na nuca, essa pegada de jeito, essa mordida no pescoço... Essa chupada bem dada, essa mão...
O que esse homem tem a oferecer em troca do meu sangue ? Nada.
Ele se deleita com o meu viço, ele deseja meus pensamentos, ele quer a minha força, a minha vitalidade, a minha energia. Às vezes, tenta me fazer sentir pequena e só, pra me dominar sem esforço. Me hipnotiza pra tentar impedir que meus olhos vejam o real: que ele não é nada mais que um bicho acuado, inseguro, que não sabe direito o que fazer nem com o seu, nem com o meu poder.
Mostro-lhe a saída, e tudo que ele faz , é enterrar seus dentes mais fundo na minha jugular, e suga com força o pouco que lhe resta.
Vira morcego e voa pra longe. Em busca de outra tola que como eu caia em sua armadilha.
Eu ?
Continuo a mesma, não foi minha primeira mordida. Sou alvo marcado pra seres das trevas. Aprendi sobreviver.
Ele ?
Na certa sentirá saudades.
Corre em mim, um sangue que tem o sabor das coisas do mundo !!! Um mundo que talvez o vampiro jamais venha conhecer !!!
Levará com ele saudades das coisas que nunca provou...
O Vampiro
Ao contrário de muita gente, sempre adorei os vampiros. Desde muito pequena era seduzida por estes seres incríveis. Um sonho, um devaneio.
Sempre um homem belo, requintado, inteligente e sensual. Um ser noturno, que com seu jeito encantador, hipnotizava, atraindo para seu beijo quente e transformador.Aquele homem cujo sangue se mistura ao seu, aquele a quem você estará eternamente ligada. Delicioso mito. Mito ? Quem falou em mito ? Eles são reais. Conheço-os de perto.
Não é loucura não !!!
Existem homens que são assim, aparecem na calada da noite vindos do absoluto nada. Chegam e por alguns instantes você pensa que sua vida virou uma festa. Tudo fica mais lindo, muda o aroma do ar, as cores parecem mais vivas, músicas tocam ao fundo como tema de cinema, de dentro surge uma impressão de ser a mais bela e desejada das mulheres, e você segue bailando como se a vida fosse um imenso salão.
Este homem é capaz de dizer loucuras ao seu ouvido, tira seus pés do chão e com um único olhar é capaz de arrancar suas roupas sem fazer o menor movimento. Em seu corpo pulsam tantos corações que não há como explicar. Sobe por entre as coxas um calor só comparável ao gêlo que desce pela barriga. Torpor. Desejo: sexo. A cabeça gira. Os pensamentos ficam desconexos. E você se entrega a esta deliciosa loucura. Essa lambida na nuca, essa pegada de jeito, essa mordida no pescoço... Essa chupada bem dada, essa mão...
O que esse homem tem a oferecer em troca do meu sangue ? Nada.
Ele se deleita com o meu viço, ele deseja meus pensamentos, ele quer a minha força, a minha vitalidade, a minha energia. Às vezes, tenta me fazer sentir pequena e só, pra me dominar sem esforço. Me hipnotiza pra tentar impedir que meus olhos vejam o real: que ele não é nada mais que um bicho acuado, inseguro, que não sabe direito o que fazer nem com o seu, nem com o meu poder.
Mostro-lhe a saída, e tudo que ele faz , é enterrar seus dentes mais fundo na minha jugular, e suga com força o pouco que lhe resta.
Vira morcego e voa pra longe. Em busca de outra tola que como eu caia em sua armadilha.
Eu ?
Continuo a mesma, não foi minha primeira mordida. Sou alvo marcado pra seres das trevas. Aprendi sobreviver.
Ele ?
Na certa sentirá saudades.
Corre em mim, um sangue que tem o sabor das coisas do mundo !!! Um mundo que talvez o vampiro jamais venha conhecer !!!
Levará com ele saudades das coisas que nunca provou...
21 junho 2004
17 junho 2004
Caco Galhardo
Estimulher
Movida por estímulos
pensante por provocação
se sol há: brilho
se não, deprimo
gente inteligente me acende
me olhou: sorrio
batuque: eu canto
esfriou: eu sambo
carência até o osso
me bole, rebolo
fecho os olhos: silêncio
acredito muito
e choro em baldes
amo demais
poesia me leva
e um cheiro,
um gosto,
um toque
corpo lento
mente luz
teimosia racional
ninfomania fiel...
16 junho 2004
Ale
Amor de Papel
Ele gosta de mim
Assim como quem gosta
de um quadro, uma foto
me olha sempre
buscando a surpresa
eu ali naquela parede
sem vida
o mesmo sorriso
o mesmo olhar
sem discordar
sem implicar
uma presença de não existir
uma comodidade
um nada vestido de flor
tão bacana que até enjoa...
O Menino Congelado
Todos os dias o trem me leva ao trabalho.Cinema cotidiano. Retratos de uma cidade que não aparece nos jornais. Ruínas, favelas, o império daqueles que vivem à margem de.
Uma cidade escondida, a Babilônia classe D.
O trem passa por duas Universidades, que agora eclodem como insetos a cada semestre. No banco a minha frente, vejo o menino congelado. Roupas com estilo, cabelo preparado, sobre o colo uma mochila na qual ele apoia um questionário. Concentrado demora a escrever, dorme. Lápis na mão apoiado sobre o texto, com aquela cara de quem busca a resposta no fundo da alma. Cochila. Pelo horário, deve ter acabado de sair do trabalho, exausto. Precisa ser forte. Não pode dormir, precisa terminar a tarefa. Quando o sinal do trem anuncia a estação ele acorda e se condena, mas não consegue evitar. Está gripado, mas não pode descansar. O desemprego o espreita, tem que se dedicar, sem dinheiro, não consegue estudar. Super menino. Não estuda direito, precisava dormir, mas não dá tempo. Tem que aguentar. Sem estudo não consegue trabalho... Eu também sonolenta, observo o menino sonhando uma outra ilusão. No sonho, ele mora num país de belas praias, lindas mulheres, um paraíso tropical, tão real, mas que talvez nunca possa desfrutar... Destino estranho o do menino congelado do trem. Dele e o de outros tantos meninos...
14 junho 2004
Las Meninas - Picasso
Só nos vimos ao longe. Não nos conhecemos bem, mas somos parecidas. Não na aparência, ela é bela como uma flor, delicada, mas traz nos olhos aquele furor que conheço tão bem quando olho no espelho.Eu a observo escondida a me observar. Nossos olhares não se encontram, mas sabemos de nossas presenças. Eu gosto dela, assim com um pouco de inveja, pelos brinquedos que tem. Ela me devolve a mesma sensação como que por reflexo. Somos tão tolas, poderíamos ser amigas, bastaria um passo, uma mão estendida, um gesto. Mas somos pétreas. Passaremos muito tempo, mastigando nossos confeitos de curiosidade e temor. Até quando uma brisa soprar anunciando uma nova estação, e deixarmos os brinquedos de lado, na descoberta de ser mulher...
13 junho 2004
Meu Rei Chora
Falem bocas, democracia é pra isso. Me chamem de brega, cafona, piegas, não ligo. O que me importa é que da terra de onde venho, temos deuses de pernas tortas, gigantes voadores, fadas que sambam, anjos negros que dão piruetas inenarráveis, temos crianças famintas que riem,trabalhadores miseráveis que cantam olhando pro fogo e temos um rei que chora... Que chora muito, e chora lindo. Porque esse povo do qual eu faço parte, é só sentimento. Somos intensos, somos entregues as emoções mais malucas. Somos filhos da rua, nela fazemos heróis, nela depomos ladrões, nela brincamos com um objeto redondo muito simples que leva pro alto o orgulho de ser daqui. Somos índios, batemos os pés e cantamos aos céus. E a mãe natureza nos observa curiosa...
Falem bocas, democracia é pra isso. Me chamem de brega, cafona, piegas, não ligo. O que me importa é que da terra de onde venho, temos deuses de pernas tortas, gigantes voadores, fadas que sambam, anjos negros que dão piruetas inenarráveis, temos crianças famintas que riem,trabalhadores miseráveis que cantam olhando pro fogo e temos um rei que chora... Que chora muito, e chora lindo. Porque esse povo do qual eu faço parte, é só sentimento. Somos intensos, somos entregues as emoções mais malucas. Somos filhos da rua, nela fazemos heróis, nela depomos ladrões, nela brincamos com um objeto redondo muito simples que leva pro alto o orgulho de ser daqui. Somos índios, batemos os pés e cantamos aos céus. E a mãe natureza nos observa curiosa...
Alegria, Alegria
Esse povo que veio participar da Conferência das Nações Unidas assistiu hoje o que daqui algum tempo será o maior espetáculo da Terra. São Paulo desfilou na Parada Gay na Av. Paulista nada mais que 1 milhão e 800 mil pessoas dançando, sorrindo, festejando o amor entre os seres. Eu não sou gay, mas sinto essa luta uma das mais dignas, que maior beleza há do que se gritar em praça pública : SIM, EU AMO !!!
Estarei lá todos os anos de bandeira na mão, samba no pé, levando meu carinho e minha máquina fotográfica pra registrar que aqui na metrópole do concreto há braços que abraçam e muita voz na garganta pra gritar por Liberdade !!!
Esse povo que veio participar da Conferência das Nações Unidas assistiu hoje o que daqui algum tempo será o maior espetáculo da Terra. São Paulo desfilou na Parada Gay na Av. Paulista nada mais que 1 milhão e 800 mil pessoas dançando, sorrindo, festejando o amor entre os seres. Eu não sou gay, mas sinto essa luta uma das mais dignas, que maior beleza há do que se gritar em praça pública : SIM, EU AMO !!!
Estarei lá todos os anos de bandeira na mão, samba no pé, levando meu carinho e minha máquina fotográfica pra registrar que aqui na metrópole do concreto há braços que abraçam e muita voz na garganta pra gritar por Liberdade !!!
Picasso e eu
Dominados por nossas emoções, a criação nos escapa , nos retrata, nos denuncia. Escravos. Somos escravos de algo tão poderoso, tão voraz, que nos cega. Ao mundo, as alegrias de nossos delírios, de nossa dor, de nossos anseios. Fica o olhar, a indignação, os questionamentos. E a incompreensão de quem não entende os loucos de amor.
11 junho 2004
Cidade Mundo
Amanheci assustada, afinal gato escaldado de água quente da fria corre...
Exército nas ruas. Neste momento, da minha janela posso ver um caminhão e uns dez homens. E assim está minha cidade, sob vigilância.
Temi (veio à tona um passado não muito distante), antes de lembrar que hoje minha cidade é sede das Nações Unidas.
Há ainda um campeonato mundial de vôlei e outras tantas conferências para discussão do comércio no Mercosul. Cosmopolita até a veia.
Após assistir aos noticiários, peito cheio de orgulho, nesta segunda-feira, os trens da Cia Metropolitana começam a circular enfeitados por grafites dos Gêmeos e da Nina entre outros...Uma lindeza de banhar a alma.
Poluição, barulho, frieza, recobrindo uma lava de cultura, mistérios e liberdade. São Paulo é uma mulher feia, sedutora, cheia de charmes e manhas. Irresistível, e eu não nego minha paixão.
sobre os grafites, veja mais aqui e aqui.
07 junho 2004
Vida Real
Você desconversa, você pode tapar o sol
E me desconcerta
Deixando o meu sangue sem sal
Você atravessa o sentido de cada sinal
Que eu mando de dentro do azul
Desse amor que é só seu afinal, só meu afinal
Tão forte querendo,
eu me multiplico por mil
Você não está vendo há uma coisa que é você e eu
Que brilha no espaço no tempo no céu e no chão
Que arde mesmo aquém e além
Desse jeito de eu dizer que sim e você que não
Um dia você vai voltar
Como numa canção do passado
Dizendo que fui muito burra
Em não atender ao chamado
Agora entre os dedos
Você deixa escorrer o mel
Se agarra a segredos e medos e ponto final
Mas é sempre assim
É uma regra maldita e geral
Ou feia ou bonita
Ninguém acredita na vida real
( na voz de Maria Bethania )
Você desconversa, você pode tapar o sol
E me desconcerta
Deixando o meu sangue sem sal
Você atravessa o sentido de cada sinal
Que eu mando de dentro do azul
Desse amor que é só seu afinal, só meu afinal
Tão forte querendo,
eu me multiplico por mil
Você não está vendo há uma coisa que é você e eu
Que brilha no espaço no tempo no céu e no chão
Que arde mesmo aquém e além
Desse jeito de eu dizer que sim e você que não
Um dia você vai voltar
Como numa canção do passado
Dizendo que fui muito burra
Em não atender ao chamado
Agora entre os dedos
Você deixa escorrer o mel
Se agarra a segredos e medos e ponto final
Mas é sempre assim
É uma regra maldita e geral
Ou feia ou bonita
Ninguém acredita na vida real
( na voz de Maria Bethania )
Entre amores e pseudônimos
O vício de amar, essa perturbação de adrenalina,
esse desassossego delicioso que cega...
São vidas enroscadas em novelos de fantasia,
fontes de irresistíveis desejos...
Gente que insiste em anestesiar a realidade com pílulas de ilusão.
Com os olhos iluminados pela luz artificial do transe,
essa gente teima em não ver os ácaros e a poeira
que sempre moram em cortinas e tapetes,
que invadem as almas e corroem a felicidade dos apaixonados.
Tirando a vestimenta das artimanhas, como serão os corpos nus ?
Aqueles corpos que se identificam, não apenas por iniciais ou nick names?
Como serão seus calores e cheiros no momento da entrega?
A hora da não mentira, o momento em que fala o selvagem, o imprudente, o sem juízo.
A carne e o membro.
O leitoso e o salgado.
Suas vozes e silêncios,
gemidos e delírios...
Haverá o real ?
Haverá beleza ou delicadeza ?
E se não há ?
Por que insistir nessa gana ?
Como evitar ?
Utopia sonhar ?
E o ser ?
A casa aberta,
a cerca tombada
a oferta
o "se dar"
se extinguirá nas malhas da rede?
Tola, sou uma tola.
Inapta a um tempo estranho,
onde fingir,
pode ser sinônimo de sobreviver.
Assim, prefiro não existir.
Se tiver que abafar a aventura que trago
na alma, me fecho em invernos
e desligo o pulsar.
Uma das coisas mais legais que consegui aprender a meu respeito ao longo desses deliciosos anos vividos em minha companhia, foi que devo mastigar muito, engolir devagar, e respeitar o tempo da minha digestão. Sou faminta de vida, de sentimentos, de novidades. E às vezes, os sapos que costumo abocanhar são enormes, e para engolí-los sem ficar com "aquela coisa" travada na garganta, é melhor ir devagar. De preferência, bem devagar...
04 junho 2004
Sonhar não é pecado...
Megasena acumulada em 45 milhões. Me perguntam que desejos realizaria com todo esse dinheiro. Me perco em devaneios. Vou lá longe nos meus mais profundos anseios. O que eu mais desejo, dinheiro não compra. Vi lá em casa essa cena um milhão de vezes. Um abraço apertado e um riso frouxo, uma alegria de se saber amado, e de amar, um amor gostoso, certeiro, que se reconhece ao longe pela beleza da alegria que emana.
Meu vô e minha vó, espalhavam essa sorte pelo mundo, e nós crescemos acreditando que era pra todos, e não para alguns. Tolinha, pensava que chegaria o dia em que eu olhasse o moço e começaria a festa que não acaba jamais. Meus olhos procuraram muito, pensaram encontrar diversas vezes, numa delas teve certeza, mas em algum momento que até agora não entendi, a música parou de tocar, e só aí eu percebi que foi miragem...
Entregaria de bom grado os meus possíveis milhões. Essa sorte não tem preço. E eu não tenho cura, acredito. Pois vira e mexe a vida me põe cenas assim na frente dos olhos e como São Tomé, eu vejo, como não crer ? Mas se não acontecer, reencarno quantas vezes forem necessárias, mas não saio desta existência astral, sem sentir esse gostinho...
* Os sortudos da foto, são os avós de uma aluna minha. Quando vi, não resisti.
02 junho 2004
Futebol
"Só se não for brasileiro nessa hora..."
Sempre fui centro-avante, porque ficar parada me incomoda. Chamo a responsa. Visto a camisa, morro na luta. Prefiro jogo limpo, driblo um , pulo dois, chuto pro gol.Arrependo de nada, tentei o que tinha que tentar.Respeito o goleiro, mas me alimento de desafios.Quando entro em campo, só tenho um desejo:vitória. Mas acredito na equipe, e sei ser generosa, tem hora que é de tiro, tem hora que é de passe.Recebo bem a nova geração e deixo claro, que o craque não tem medo do tempo, pois habilidade além de inspiração, é resultado de muito treino...
Treina aí meu jovem atleta, porque no final do ano, tem campeonato, e a torcida aceita qualquer resultado, menos 0 X 0.
Bandeira beleza, camisa na ordem, a galera faz a ola, e eu maravilhada com o espetáculo, imagino maluca placares memoráveis.
Soca o pau, camisa amarela !!!
01 junho 2004
O moço que veio de longe
Ele chegou com os braços abertos e um pacote cheio de elogios (como outros tantos que já vi chegar).Mas veio da terra do sol e trouxe uma proposta que eu não soube recusar. Uma cara morena com sorriso de desenho,lindo.Me fisgou. Era como se já vivesse aqui em mim há séculos, e eu só insisto em lhe contar meus segredos porque ele tem memória ruim, mas é como se já soubesse todos.Delícia viver de alma pelada. Ele brinca de ser menino, me segue escondido pra ver o que faço, me espia, bole com minhas idéias, me enche de perguntas, me alegra a vida.Faz travessura também, dou pito, ele amendrontado se enfia num buraco e com um rabo de olho me pede perdão assim meio sem jeito. Quem resiste ? Me provoca, mexe com os meus nervos, faz promessas que nunca vai cumprir, e eu deixo... Sabe como me pegar.Tão inocente, às vezes fala bobagem e me mata de rir, noutras me dá colo( de um jeito que nunca tive), e acha que eu sou de outro mundo, pensa que eu voo, assobio e chupo cana. Tem medo de mim, acha que vou pegar uma corda e amarrá-lo dos pés à cabeça, atá-lo ao meu corpo e não soltar nunca mais, que bobo. "O seu amor, ame-o e deixe-o livre para amar, livre para amar, livre para amar..."
Somos Doces Bárbaros, meu dengo...
Ele é assim um irmão, um filho, um pai, um homem adorável, um desejo contido, uma esperança gostosa...Um sonho.
Companheiro, cúmplice, um delírio etéreo, algo que não pode ser real, bom demais pra ser verdade e me faz bem. Como me faz bem...
Se evaporar quando alguém acender a luz, ainda serei feliz... Agora ninguém me tira mais esse gosto de verão, esse fogo na venta, essa saudade cantada com sotaque que eu nunca ouvi.
(Meu lindo, tem medo não, é devaneio, mas é pra você ficar tranquilo, que passarinho que voa livre canta bem mais bonito.E pertinho ou lá longe você já é tatuagem, mesmo que nunca se faça o desenho...)
31 maio 2004
A Rede
Como boa genéticamente-baiana que sou, é na rede que tenho feito tudo.
No balanço desses bytes, embalada por uma banda larga, tenho visto a vida passar. Nos dois últimos meses, só tenho existido virtualmente.
Na rede escolho o jantar, falo com amigos, rogo praga nos inimigos (hahaha, brincadeira), estudo, trabalho, e o mais perigoso: me apaixono...
Esse calor vitrificado, essa perturbação on line, esse desassossego conectado à alma...
Esses romances de curta duração, essa alegria platônica, essas pílulas de vitaminas para o ego, tem um efeito bombástico. Viciam. E essa louquinha tem tão baixa resistência...
Posso até sentir uma brisa a cada comentário, vejo o mar ao fundo quando chega um email, e a cada conversa mais longa, me encanto com o por do sol. E aqui fora como fica ? Pois é...
Tomei uma sapatada de uma amiga que me jogou na água fria. Pare já.
Sou moça obediente. Daqui pra paranóia é um pulo. Então vou entrar no processo de desintoxicação.
Mas quanta saudade vou sentir dos ares perfumados de noites passadas em tão doce companhia...
28 maio 2004
Broken Heart
Tenho um coração de cristal, daqueles fininhos que dão medo de quebrar.Mas insisto em expô-lo às intempéries. Tenho uma alma diamante, inconformada, feminina. O diamante que tudo corta, tatua o cristal. Trago minhas portas abertas, para aquele que chega se sentir bem vindo e que aquele que se vai não se sinta preso. E desfilam em minhas salas pessoas de todos os tipos. Desfrutam dos meus sabores e calores, e pintam nas paredes da minha memória, desenhos coloridos que dão vida à minha história. Tem aqueles que vieram pra ficar e outros que estão só visita, mas me entrego a todos,permitindo-me experimentar de todas suas interações. Alguns não gostaram da arquitetura, derrubaram paredes inteiras, outros construiram abrigos. No último mês houve um que entrou oferecendo seus préstimos, o recebi com rendas e louças, bebemos chá e conversamos, por muitas horas de um não-relógio.Trouxe mentiras para sobremesa. Provei seu sabor amargo. Ainda tenho na língua a sensação incômoda. Passei tempo até digerir.
Fui visitar o jardim. Abundância de flores novas. Latente pulsação de vida. Senti perfumes, questionei espinhos. Desafiando o verde: Mandacaru. Música da terra onde o sol chega primeiro, traz na sua carne a água mais fresca e quem vê sua flor, seduzido será. Mas tem espinhos que cegam, obrigando o olhar para dentro como o Alexandre de Graciliano Ramos. Me feri e vi sangrar também uma fada com cores de Espanha.Ouvi um estalo fininho, daqueles em que se teima em acreditar, olhei meu cristal. Perdeu uma parte. Do ferimento do espinho, apontava uma gota de sangue, não hesitei, levei o corte a boca, e na minha língua alarmada o sabor da sobremesa amarga dos homens.
25 maio 2004
O amigo do homem
Glauber Rocha filmou o velório-enterro de Di Cavalcanti. Fez um curta.
Eram amigos em vida, por que não seriam na morte ? Certamente a mais linda homenagem póstuma em que meus olhos enormes já pousaram.Coisa de baiano. Fez da chatice uma ode. Di deve estar rindo até agora das loucuras de Glauber. Porque Di era bem humorado, carioca solar, cores e gostos. Mas não transmitiu esses genes aos seus descendentes, falhou, não se pode acertar sempre. Sua família proibiu a veiculação do curta no Brasil. Vejo Di num bordel etéreo, tomando uns goles e matutando: Eta povo ignorante !!!
Se você é brasileiro, gosta de samba, suor, cerveja, mulher bonita e arte de primeira, é como eu, Glauber e Di, não suporta essas regras babacas, aproveita e vê o curta, porque a internet tá aí pra isso mesmo... Exercitar as liberdades... Pra ver clica aqui.
Teletransporte
Tenho passado muitas noites em Portugal, com a cabeça no Canadá. O desejo pula da Itália para Santo André, como quem faz baldeação no metrô Sé. Enterro meu sexo em Campinas, para que ele orgasme em paz. Mas no meu peito, Paraíba-Pernambuco. Saudade em Nova Odessa, curiosidade faz ponto na Moóca e a desilusão mudou-se para o Anhangabaú.Busco consolo no Rio de Janeiro, mas se Deus me desse a graça entregava tudo, até minha alma, na Bahia.
Tenho passado muitas noites em Portugal, com a cabeça no Canadá. O desejo pula da Itália para Santo André, como quem faz baldeação no metrô Sé. Enterro meu sexo em Campinas, para que ele orgasme em paz. Mas no meu peito, Paraíba-Pernambuco. Saudade em Nova Odessa, curiosidade faz ponto na Moóca e a desilusão mudou-se para o Anhangabaú.Busco consolo no Rio de Janeiro, mas se Deus me desse a graça entregava tudo, até minha alma, na Bahia.
23 maio 2004
O Homem que contava histórias
O Edson Cordeiro, contando sobre quando ele cantava na rua pra ganhar a vida, disse que ficou muito feliz quando conseguiu parar um paulistano. É, a vida nesta megalópole é completamente maluca. Ninguém para, nem pra olhar, nem pra falar, é tudo movimento. Outro dia, eu paradinha sentada na calçada, esperando o horário para entrar em um show, vi uma cena daquelas que não se esquece jamais.Este sujeito, puxando um carrinho de feira, onde trazia todos os seus pertences, parado no meio da calçada, fazia seu discurso. Os transeuntes desviavam sem olhá-lo, como se ali tivesse um obstáculo inanimado. Eu e outros que estavam sentados próximos a mim, observávamos aquele homem, falando tão animadamente. Ele contava histórias.Interessantíssimas. Enquanto as pessoas passavam ele dizia :
"A Terra é um planeta, não possui luz própria, depende do Sol para que exista vida. Ela está dentro do Sistema Solar, e este por sua vez fica dentro do Universo.Então pergunto: o que é mais distante, daqui para cima, ou daqui para baixo ? Eu mesmo respondo, se o universo é infinito, esta questão não importa, qualquer ponto será o MEIO ! "
Adorei, ainda ouvi outra de suas histórias, levantei e fui conversar com ele. Ele me disse que gostava de viver por ali contando suas histórias, que leu muitos livros, e não gostava de andar pelo centro, pois lá as pessoas o olhavam e diziam : lá vai o bêbado, sujo, nojento... "Por aqui, ninguém me olha e eu posso viver em paz".
Este homem parou alguns paulistanos, e eu sou-lhe muito grata, pois resolveu uma questão filosófica dentro da minha cabecinha. Não sei de onde vim, muito menos pra onde vou, tudo que sei é que já estou no meio do caminho...
18 fevereiro 2004
Quando fevereiro chegar
Saudade já não mata a gente
A chama continua no ar
O fogo vai deixar semente
A gente ri, a gente chora
Ai ai ai a gente chora
Fazendo a noite parecer um dia
Depois faz acordar cantando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer, faz desacreditar de tudo
E depois, depois amor
Ninguém, ninguém verá o que eu sonhei
Só você meu amor
Ninguém verá o sonho que eu sonhei
Um sorriso quando acordar
Pintado pelo sol nascente
Na luz de cada olhar mais diferente
Tua chama me ilumina
Me faz virar um astro incandescente
Teu amor faz cometer loucuras
Faz mais, depois faz acordar chorando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer, faz desacreditar de tudo
E depois, depois do amor
Amor
Chorando e Cantando
(Geraldo Azevedo)
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